Um dia depois da Organização Mundial de Saúde declarar que o novo coronavírus se tornou uma pandemia, o balanço oficial do Ministério da Saúde continua elevando o número de casos confirmados no Brasil. Eram 60 de manhã e mais de 80 na tarde desta quinta-feira (12). A situação tem preocupado as instituições de ensino, que aglomeram muitos professores e alunos.
Mesmo sem casos confirmados na universidade, a Unicamp foi a primeira a anunciar, nesta quinta-feira (12), a suspensão de todas as atividades por conta da pandemia. Segundo nota da reitoria, a medida vale de 13 a 29 de março e inclui os campi de Campinas (SP), Piracicaba (SP) e Limeira (SP). Somente serviços essenciais e de saúde serão mantidos.
No Insper, escola superior privada da capital paulista, também sem casos confirmados, as aulas de graduação estão canceladas nesta quinta e sexta-feira (13). Além disso, a instituição suspendeu as viagens de avião de professores e colaboradores. Eventos para mais de 150 pessoas também serão obrigatoriamente remarcados.
O MEC publicou no seu portal uma orientação a respeito: “O Ministério da Educação informa que tem orientado às instituições de ensino o reforço nas ações preventivas contra o coronavírus, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. Neste momento, não há recomendação para suspensão de aulas”.
Casos confirmados
O Departamento de Geografia na Universidade de São Paulo confirmou o primeiro caso de paciente diagnosticado com o novo coronavírus na faculdade, na quarta-feira (11). Após a confirmação, as aulas foram suspensas apenas no campus afetado, mas já retomaram nesta quinta.
Em nota, a USP afirmou que “não há nenhuma ocorrência suspeita que atenda aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde” e que estão mantidas as “atividades didática e administrativa em todas as unidades de pesquisa e de estudo, conforme orientações das autoridades sanitárias”.
A PUC-SP informou em nota na tarde desta quarta-feira também sobre dois alunos com casos confirmados para o coronavírus. Segundo a instituição, ambos não frequentam a universidade desde 4 de março e, desde então, são monitorados e acompanhados pela Vigilância Sanitária. Ainda de acordo com a PUC, as atividades continuarão normalmente no campus.