Neste 10 de dezembro, Clarice Lispector (1920-1977) completaria cem anos. Considerada uma das escritoras mais influentes do século 20 no Brasil, tornou-se conhecida após publicar “Perto do Coração Selvagem” (1943), aos 23 anos, o primeiro romance de sua carreira. A obra inaugurou uma nova forma de linguagem na literatura brasileira. Depois disso lançou outros títulos de sucesso como “Laços de Família” (1960), “A Paixão Segundo G.H.”(1964) e “A Hora da Estrela” (1977).
A autora é homenageada pelo Instituto Moreira Salles (IMS) com um site lançado nesta quinta-feira que reúne fotos, manuscritos, áudios, vídeos, cartas, aulas e textos críticos a respeito de sua obra, que ainda influencia milhões de pessoas.
Um dos principais destaques do projeto é a aula ministrada por Yudith Rosenbaum, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), que explica com detalhes o conto “Felicidade Clandestina”, publicado por Clarice em 1971.
A escritora nasceu em 10 de dezembro de 1920, em uma aldeia na Ucrânia durante a viagem de imigração da família para o Brasil. Poucas pessoas sabem, mas seu verdadeiro nome era Haia Lispector, que significa “vida” ou “clara”. Teve que trocá-lo quando chegou em território brasileiro, passou a ser chamada de Clarice. Viveu em Maceió e Recife por alguns anos até se fixar no Rio de Janeiro com os pais e irmãos.
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Entre os itens do acervo do IMS, disponíveis para serem acessados gratuitamente pelo público, estão cartas enviadas pela autora para outros grandes escritores como Érico Veríssimo e Mário de Andrade, e há, inclusive, registros de conversas com o ex-presidente Getúlio Vargas.
Por ser uma das autoras brasileiras mais famosas, Clarice é presença frequente nas listas obrigatórias de vestibulares. Neste texto o GUIA fala sobre os mistérios que envolvem as suas principais obras. Vale a pena conferir!
Esse sucesso com o público também a transformou num ícone da cultura pop. Nas redes sociais, milhares de jovens utilizam frases ou pensamentos atribuídos à Clarice. “Tudo o que eu digo, a maior bobagem, é considerada como uma coisa linda ou uma coisa boba”, contou em uma entrevista para a TV Cultura, em 1977. Mas muitas frases são erroneamente atribuídas à escritora – teste seus conhecimentos no quiz abaixo!
Em entrevista ao GUIA, a coordenadora de literatura do Instituto Moreira Salles, Rachel Teixeira Valença, revela que essa fama se deve muito a sua colaboração em jornais. “Já que grande parte dessa produção abordava o tema das relações de amor”, afirma.
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