Às vésperas do Dia do Estagiário, comemorado em 18 de agosto, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e da consultoria Tendências, lançou uma pesquisa sobre o perfil dos estagiários no Brasil. Além de indicar a região com maior contingente de estagiários no país e as áreas mais ocupadas por eles, o estudo ainda revelou um dado importante sobre o perfil socioeconômico destes jovens: a maioria deles compõem as classes D e E.
Estágios em alta
Segundo o levantamento, mais de 707 mil estudantes estagiavam em 2021 e as projeções indicam um crescimento de 13,3% neste índice em 2022.
Uma das justificativas para o aumento é que muitas vagas ficaram represadas durante a pandemia da covid-19. Com o avanço da vacinação, a retomada da atividade econômica e a flexibilização do isolamento social, o cenário ficou mais positivo para o setor. No primeiro trimestre de 2022, 726.610 pessoas estagiavam – um aumento em 18,2% em relação ao mesmo período de 2021. É importante destacar também que, mesmo com a expansão do número de vagas, as estatísticas estão abaixo do patamar pré-pandemia, principalmente da alta entre 2017 e 2019.
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A região com a maior concentração de pessoas na área é a Sudeste (298.492), seguido pela Nordeste (156.202). E, para se ter uma ideia da dimensão do setor, o Brasil contava, em 2021, com cerca de 1 estagiário para cada 3 estudantes desocupados acima de 16 anos.
O estudo se baseou em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. Como a pesquisa realizada pelo IBGE não apresenta dados específicos sobre estagiários, o critério utilizado foi de considerar pessoas ocupadas a partir de 16 anos, sem carteira assinada, cujo contrato não ultrapasse dois anos, trabalhando até seis horas diárias em ofícios previamente selecionados e frequentando escola.
Impactos na renda
O estágio é uma etapa muito importante na formação profissional de um indivíduo. Além de inseri-lo no mercado de trabalho, permite que o jovem desenvolva os conhecimentos aprendidos na universidade de maneira prática e amplie sua rede de contatos. Mas esse não tem sido o único objetivo dos estudantes que procuram pelas vagas.
Ainda segundo o levantamento, cerca de 40,4% dos estagiários estão concentrados nas classes D/E, com renda mensal domiciliar de até R$ 3 mil. Já os estudantes da classe C, com orçamento familiar de até R,2 mil, representam 37,7% dos estagiários.
Para Mônica Vargas, superintendente Nacional de Operações e Atendimento do CIEE, historicamente, essa sempre foi uma tendência, mas em 2021 o percentual aumentou. “Esses jovens buscam oportunidade de estágio não só como fonte de inserção no mundo do trabalho para conhecimento e bagagem prática, mas também para colaborar na renda familiar”, afirma.
10 atividades que mais contrataram estagiários
- Atividades jurídicas, de contabilidade e de auditoria (56.722)
- Pré-escola e ensino fundamental (55.616)
- Outros serviços coletivos prestados pela administração pública – Estadual (46.410)
- Administração pública e regulação da política econômica e social – Municipal (45.548)
- Educação superior (35.665)
- Serviços de arquitetura e engenharia e atividades técnicas relacionadas; Testes e análises técnicas (25.536)
- Atividade de atenção ambulatorial executada por médicos e odontólogos (24.252)
- Atividades de condicionamento físico (22.356)
- Atividades de atendimento hospitalar (22.156)
- Serviços financeiros (17.719)
Processos de estágio com inscrições abertas
- Vagas de estágio na Embraer, empresa aeroespacial, com inscrições abertas até 1º de setembro
- Vagas de estágio no Banco Santander, com inscrições abertas até 2 de setembro
- Vagas de estágio na Caixa Econômica, com inscrições abertas até 31 de maio de 2023
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