Assine Guia do Estudante ENEM por 15,90/mês
Continua após publicidade

Dia Internacional da Igualdade Feminina: qual a situação do Brasil?

No atual ritmo, demoraríamos pelo menos 59 anos para ter um país igualitário para homens e mulheres

Por Taís Ilhéu
Atualizado em 26 ago 2021, 18h36 - Publicado em 26 ago 2021, 13h48

Mulheres do esporte, da política, das artes e de diversos outros meios estão aproveitando esta quarta-feira para celebrar grandes conquistas femininas e, ao mesmo tempo, expor as desigualdades de gênero que ainda assolam sociedades do mundo todo. Isso porque em 26 de agosto de 1973 o Congresso dos Estados Unidos decidiu que nesta data seria comemorado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, em homenagem à aprovação, 53 anos antes, da 19ª emenda, que permitiu o voto às mulheres norte-americanas. 

Por aqui, o voto feminino amplo chegou em 1934 e só se tornou obrigatório, assim como o masculino, em 1946. E mesmo que muitas outras conquistas, como direito a licença maternidade, acesso a anticoncepcional e a criação de leis contra violência doméstica, devam ser relembradas e celebradas, basta examinar pesquisas e relatórios sobre gênero para entender que, infelizmente, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a equidade. 

Em um relatório sobre desigualdade de gênero lançado anualmente, o Fórum Econômico Mundial estabelece quatro critérios (econômico, educacional, de saúde e político) para analisar países de todo o mundo. Embora tenha subido duas posições em relação ao ano anterior, o Brasil ocupava, no último relatório, uma posição desalentadora: 92º lugar dentre 152 países. Na América Latina, somos o 22º país, na frente apenas de três de nossos vizinhos. De acordo com o Fórum, precisaríamos de 59 anos para eliminar as desigualdades de gênero no Brasil –  sem considerar, é claro, possíveis retrocessos. 

Outros estudos brasileiros, como o Atlas da Violência, mostram nossa dificuldade de promover uma sociedade mais igualitária. Entre 2007 e 2017, cresceu em 30,7% o número de feminicídios em todo o país. E o fator racial agrava o problema: de todas as mulheres assassinadas em 2017, 66% eram negras. Nesta reportagem publicada aqui no GUIA, você pode conferir 10 fatos sobre a desigualdade de gênero no Brasil e, em outra, falamos um pouco sobre o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra Latina e Caribenha, que levanta o debate sobre o recorte racial na luta feminista. 

Trabalhar (literalmente) para promover a igualdade feminina

Concordamos que simplesmente ser mulher no mercado de trabalho já é uma luta e também uma conquista, mas você sabia que trabalhar pela igualdade feminina é uma profissão? Em 2009, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi pioneira ao lançar o curso Estudos de Gênero e Diversidade, uma graduação na área de Ciências Humanas com duração de quatro anos. Olha só algumas matérias com as quais você se depararia no curso:

Continua após a publicidade

Como se trata de uma formação ainda recente, a única no país, não existe um lugar bem demarcado para esses profissionais no mercado de trabalho, mas órgãos municipais e estaduais podem contar com um bacharel em Estudos de Gênero e Diversidade para a formulação de políticas públicas assim como empresas, cooperativas e ONGs que desejam avançar nessa pauta.

Publicidade

Publicidade
Dia Internacional da Igualdade Feminina: qual a situação do Brasil?
Atualidades
Dia Internacional da Igualdade Feminina: qual a situação do Brasil?
No atual ritmo, demoraríamos pelo menos 59 anos para ter um país igualitário para homens e mulheres

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

a partir de R$ 15,90/mês

Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.