Guerra na Ucrânia ameaça 7,5 milhões de estudantes, diz Unicef
Escolas ucranianas começam a orientar crianças e jovens sobre como se proteger de ataques e explosivos
Após uma série de sinalizações, o governo russo começou a invasão da Ucrânia nesta quinta-feira (24). Com os primeiros ataques, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou que 7,5 milhões de estudantes estão ameaçados no país. No comunicado, o órgão diz que o uso de artilharia pesada ao longo da linha de contato já danificou infraestruturas críticas de água e instalações educacionais nos últimos dias.
Como mostrou reportagem do G1, desde o início da semana as escolas têm passado orientações relacionadas ao conflito. Durante treinamentos de emergência, crianças e jovens são ensinados sobre práticas de guerra, como reconhecer um explosivo e escapar de ataques, além de instruções sobre como prestar socorro às vítimas.
Além disso, famílias da capital ucraniana Kiev estão colando etiquetas nas roupas dos estudantes com informações sobre o tipo sanguíneo e contatos de emergência para proteger os que se locomovem sozinhos de casa para o colégio.
Na quinta-feira passada (17), autoridades ucranianas informaram que um grupo de separatistas pró-Rússia apoiados pelas forças armadas de Putin atacaram uma escola infantil na Ucrânia. A ação teria causado ferimentos leves em três pessoas, entre elas um professor e um vigilante.
Em nota, o Unicef também pediu que todas as partes se abstenham de atacar infraestruturas essenciais das quais as crianças e os adolescentes dependem, incluindo sistemas de água e saneamento, estabelecimentos de saúde e escolas.
O conflito
O atual impasse entre os dois países escalou em novembro de 2021, quando o presidente russo, Vladimir Putin, posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Há anos, as duas nações, que no passado fizeram parte da União Soviética, disputam porções de territórios próximos a fronteira. A Ucrânia frequentemente acusa a Rússia de atentar contra sua soberania ao financiar grupos separatistas.
Desde o começo, o governo ucraniano contou com o apoio da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A aproximação do país com a aliança militar liderada pelos Estados Unidos gerou descontentamento da Rússia. Putin alega que o apoio da organização aos ucranianos, com treinamento e armas, ameaça a segurança da Rússia.
A principal exigência do governo russo na atual crise é, justamente, que o ocidente garanta que a Ucrânia não vai aderir à Otan.
Para te ajudar a entender todo o contexto e os principais atores envolvidos no conflito, o GUIA DO ESTUDANTE elencou quatro pontos centrais. Confira a reportagem completa neste link.
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