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Jovens alunas criam projeto que estimula presença das mulheres na ciência

Briza Matsumura, de apenas 16 anos, é uma das fundadoras do projeto “elaSTEMpoder”

Por Juliana Morales
6 mar 2020, 17h59
 (Vladyslav Bobuskyi/Getty Images/Reprodução)
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Aproveitando a importância e a força do Mês da Mulher para mostrar mais um projeto importante que entrou para fortalecer a luta por igualdade na ciência e na tecnologia. A aluna do Ensino Médio do Colégio Poliedro de São José dos Campos Briza Matsumura, 16 anos, junto com outros jovens, sentiu a necessidade de discutir o espaço e o papel das meninas e das mulheres na ciência e na tecnologia. E, assim, criaram, durante um workshop na III Conferência de Protagonismo Juvenil, o elaSTEMpoder.

Trata-se de uma conta no Instagram para falar sobre mulheres inspiradoras e as consequências da desigualdade de gênero. O perfil também divulga oportunidades para as meninas que querem se dedicar a essas áreas. Importante iniciativa diante do cenário atual: um estudo da Unesco publicado em 2018 mostra que as mulheres representam menos de 30% dos cientistas do mundo. 

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Grace Brewster Murray Hopper é uma ex-almirante da Marinha norte-americana que se tornou mundialmente conhecida como a "Vovó do COBOL". .
Em 1928, ela concluiu sua graduação em matemática e física e em 1930
concluiu seu mestrado pela Universidade de Yale e alguns anos depois já com seu Ph.D em
Matemática, foi publicada sua dissertação "Novos Critérios de Irredutibilidade"
e então começou a lecionar matemática em instituições especializadas. .
Hopper foi voluntária para o Waves (Women Accepted for Volunteer Emergency Service), que era uma divisão da reserva naval americana constituída exclusivamente por mulheres
distante os anos 40. Foi designada para trabalhar como tenente Júnior em um projeto
computacional, Hopper pode analisar e escrever artigos sobre o Mark 1 que era um
computador conhecido como "Calculadora Automática Controlada por Sequência", pediu
para ser transferida para a marinha regular mas seu pedido foi rejeitado e continuou
servindo no laboratório de Harvard até 1949. .
Hopper mudou a engenharia e a ciência, deu origem à expressão "bug" de computador quando procurava o
problema no Mark II e descobriu um inseto nele. Dando o nome de debugging (debugar)
para a remoção do inseto (bug).
Após sair de Harvard, Grace tornou-se funcionária Eckert-Mauchly Computer como
matemática sênior e integrando a equipe de desenvolvimento do UNIVAC I (“Universal
Automatic Computer”, ou “Computador Automático Universal”), o primeiro computador
comercial fabricado e comercializado nos EUA. Depois criou seu próprio copilador que
traduzia um programa de texto para a linguagem do computador, eliminando a ideia de que
computadores só faziam aritmética. .
Ela também criou uma linguagem de programação chamada Flow-Matic que serviu de base
para o importante COBOL (Common Business Orientede Laguage) que é orientada para o
processamento de banco de dados. Graças às suas contribuições para a computação, ela recebeu seu apelido como "vovó do COBOL". #gracehopper #womeninstem #elastempoder #cobol

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Outro objetivo do projeto é o desenvolvimento de um curso de soft skills (habilidades e competências) para encorajar meninas do Ensino Fundamental e Médio a tentarem uma carreira em áreas ocupadas majoritariamente por homens, como é o caso das áreas de STEM (sigla em inglês que representa as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática – daí o nome do projeto). 

“A ideia do curso é desenvolver habilidades que fortaleçam as meninas para que elas se tornem protagonistas nas áreas e posições que desejarem, incluindo as áreas de ciência e exatas”, explica Briza, que desenvolveu sua primeira startup aos 13 anos e foi a pessoa mais jovem a participar do programa ProLíder, uma iniciativa da Fundação Estudar, parceira do GUIA DO ESTUDANTE, que visa estimular o empreendedorismo de impacto social.

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• NOSSOS FUNDADORES• Nossa coordenadora de parcerias, Briza Matsumura, 16 anos, nascida em Matsumoto-shi no Japão, vive em São José dos Campos no estado de São Paulo. Foi aluna de escola pública até encontrar sua paixão por olimpíadas científicas, sendo a primeira delas a OBMEP. Desta forma, entende muito bem a realidade das meninas na ciência, sendo esse seu maior motivador em fazer o @elaSTEMpoder dar certo. Desenvolveu sua primeira startup aos 13 anos e entrou no programa @prolideroficial aos 14. É apaixonada por empreendedorismo desde então. Assim, seu maior sonho é estudar Business em universidades americanas e trazer os seus conhecimentos para empreender no Brasil, preferencialmente na área de educação. Além disso, é diretora de comitê no evento de Simulação da ONU em sua escola, o PoliONU. Interesses: Olimpíadas Científicas / Empreendedorismo / Simulações da ONU / Estudar fora Fun Fact: Briza não pode entrar no IME (Instituto Militar de Engenharia) por não ter altura o suficiente. Personalidade: ENFJ-T (Protagonista)

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Mulheres na universidade

Iniciativas como a desses jovens e tantos outros projetos que lutam pela igualdade de gênero nas instituições de ensino, apesar do cenário negativo, comemoram importantes vitórias. Como é o caso da crescente participação feminina na produção científica dentro das universidades brasileiras. No levantamento realizado pelo Centro de Estudos da Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden, na Holanda, o Brasil está entre os 10 países do mundo com mais mulheres na pesquisa.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM), do norte do Paraná,  é a segunda instituição de ensino no mundo com mais cientistas mulheres atuando. De acordo com a pesquisa, dos 7.861 autores da instituição, 54,1% são mulheres. Ao todo, 4.254 pesquisadoras fazem parte da universidade. Assim, no ranking mundial, a UEM fica atrás apenas da Universidade Médica de Viena, na Áustria, onde 56% dos pesquisadores são mulheres.

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Além dela, outras duas instituições brasileiras aparecem entre as 10 primeiras: a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mais abaixo, no 36º lugar, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) também figura na lista. O ranking, divulgado em 2019, considera artigos publicados por 963 universidades do mundo todo entre 2014 e 2017 e catalogados pela Web of Science.

 

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