O 1º de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A síndrome da imunodeficiência adquirida (aids, na sigla em inglês) é uma doença infectocontagiosa sem cura, causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo contra doenças. Sem essa proteção, as pessoas ficam mais predispostas a contrair infecções oportunistas, como tuberculose e meningite.
Embora o tratamento de HIV tenha avançado muito, todo ano, cerca de 690 mil pessoas morrem por complicações geradas pelo vírus e 1,7 milhão de novas contaminações são registradas, segundo análise da Unaids Brasil. Os dados revelam também que, por causa da covid-19, países de baixa e média renda têm tido dificuldades para fornecer medicamentos antirretrovirais usados no tratamento do HIV, o que pode colocar em risco a vida dessa população.
De acordo com Boletim Epidemiológico de 2020, 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. O Ministério da Saúde revela que a maior concentração de casos está entre jovens de 25 a 39 anos, de ambos os sexos (52,4% são homens e 48,4% são do sexo feminino).
O relatório aponta que houve queda no número de infecções por aids nos últimos anos. A taxa passou de 21,9 casos por 100 mil habitantes, em 2012; para 17,8 por 100 mil habitantes em 2019. Apesar desse decréscimo, houve aumento de 21,7% no índice de gestantes infectadas. E o maior número de novas infecções está entre jovens de 20 a 24 anos, que concentra 27,6% dos casos. Apesar de essa faixa etária ter informações sobre como evitar o contágio, pode ter pedido o medo da doença, enquanto a geração mais velha se lembra bem da doença em sua forma mais grave, intratável, que vitimou ídolos como Cazuza e Freddie Mercury.
Quando uma pessoa contrai o HIV, ela se torna soropositiva, mas isso não significa que desenvolverá a aids. Caso o infectado realize o diagnóstico precoce e siga todas as recomendações médicas, é possível ter uma vida saudável sem desenvolver a doença. Porém, elas ainda podem transmitir o vírus.
As principais formas de contaminação são:
- Sexo vaginal sem camisinha;
- Sexo anal sem camisinha;
- Sexo oral sem camisinha (baixo risco);
- Uso de seringa compartilhada;
- Transfusão de sangue contaminado;
- De mãe infectada para seu filho durante a gravidez, ou durante a amamentação e parto;
Por isso, como medida fundamental de prevenção, recomenda-se o uso de preservativo durante todas as relações sexuais, mesmo que você conheça o seu parceiro sexual.
Em caso de relações sexuais desprotegidas, o SUS disponibiliza a profilaxia pós-exposição (PEP), um conjunto de três remédios para prevenir a infecção pelo HIV. Porém, a pessoa tem até 72h depois da exposição para começar o tratamento. Além disso, também é possível fazer o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), uma medicação utilizada antes da relação sexual por pessoas que desejam evitar contaminação pelo vírus. Mas vale lembrar que o indivíduo continua exposto a outras infecções sexualmente transmissíveis.
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Neste vídeo, o médico Drauzio Varella conta um pouco da história dos primeiros casos detectados de HIV, na década de 1980, e como a medicina avançou no tratamento, principalmente com o desenvolvimento de medicamentos capazes de controlar a doença. Mas ele alerta que isso fez com que a população esquecesse de se prevenir. Confira:
Ainda que as pessoas com HIV possam ter qualidade de vida e manter relações sexuais e afetivas, elas precisam enfrentar a imagem estereotipada de que a vida acabou. Isso desperta um sentimento nocivo naqueles que se descobrem com o vírus: a culpa.
— Portal Drauzio Varella (@drauziovarella) November 30, 2020
Na campanha do ano passado, o Ministério Saúde convidou pessoas com HIV para contar como lidaram ao descobrir que haviam sido infectadas pelo vírus. Confira:
Esses outros conteúdos podem ajudar você a ter um panorama mais completo do HIV no Brasil. Não deixe de conferir:
– O lado positivo – Histórias de pessoas que convivem com o vírus
– MTV estreia a série “Deu Positivo”, que retrata pessoas que vivem com HIV
– Em dez anos, diagnóstico de HIV entre as gestantes do país cresce 38%
– Novos casos de HIV em SP caem pelo terceiro ano seguido, feito inédito desde registro do vírus na cidade
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