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O que é deepfake e por que o TSE proibiu seu uso nas eleições

Entenda como funciona a tecnologia, os casos mais recentes e por que ela pode ter um impacto tão grande na sociedade

Por Redação
28 fev 2024, 13h17
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  • Já imaginou ter um vídeo com a sua imagem fazendo algo que você não se lembra de ter feito rodando pela internet? Ou mesmo ouvir um áudio com a sua voz dizendo algo que você discorda completamente? É isso que aconteceu com algumas figuras públicas e poderia acontecer com qualquer um por conta da chamada deepfake. A técnica que modifica vídeos, fotos e áudios pode ser tão perigosa que seu uso acaba de ser vetado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições municipais de 2024

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    Se você nunca ouviu falar do termo ou quer se aprofundar nesse assunto que já tem gerado uma série de consequências na sociedade, este é o lugar certo. O GUIA DO ESTUDANTE reuniu tudo o que você precisa saber, desde como funciona a tecnologia na prática até casos recentes que tomaram grandes proporções. 

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    Afinal, o que é deepfake?

    Deepfakes são sobretudo vídeos falsos criados a partir de Inteligência Artificial, fundindo, combinando ou substituindo imagens e sincronizando movimentos labiais, expressões e demais detalhes, para fingir que o conteúdo é verdadeiro. Assim, é possível fazer um vídeo com qualquer pessoa dizendo algo que ela nunca disse ou fazendo algo que nunca fez. 

    Conforme o próprio nome indica, a tecnologia é baseada em deep learning. Essa é uma categoria dentro do aprendizado de máquina (machine learning) que faz com que algoritmos reconheçam padrões com base em um banco de dados e criem novos arquivos. Quanto mais material, melhor o resultado.

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    Casos recentes

    No final de janeiro, a cantora Taylor Swift foi vítima dessa tecnologia: circularam na internet conteúdos pornográficos com a sua imagem gerados por inteligência artificial. Imagens obscenas da artista ficaram disponíveis por cerca de 17 horas e foram vistas mais de 45 milhões de vezes antes de serem excluídas. 

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    Mas não é só de maneira ilícita que a tecnologia tem sido utilizada. Em uma propaganda recente da Volkswagen foi feito um dueto entre as cantoras Elis Regina e Maria Rita, mãe e filha, enquanto dirigem vans de diferentes gerações. Mas a ideia não foi bem recebida, vista por muitos como um desrespeito à Elis Regina, que faleceu em 1982. Isso porque a tecnologia esbarra em uma questão ética: é permitido fazer uma produção com alguém que faleceu antes do desenvolvimento de deepfakes e, portanto, nunca autorizou o uso de suas imagens nesse sentido? E os limites da propriedade intelectual, deixam de existir?

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    Impactos na desinformação 

    Outros casos famosos incluem políticos e eleições, como um famoso vídeo do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falando sobre diferentes temas que ele nunca abordou. No Brasil, nas eleições 2022, a vítima do deepfake foi Renata Vasconcellos, âncora do Jornal Nacional, da TV Globo. Circulou na internet um vídeo que utilizava a voz da jornalista para mostrar dados de uma falsa pesquisa de intenção de votos.

    O problema é que, com uma tecnologia cada vez mais aprimorada, fica difícil distinguir a veracidade de um vídeo. Por isso, é importante checar as fontes, o conteúdo e correr atrás da informação antes de disseminá-la. 

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    Isso porque essa tecnologia pode afetar a sociedade como um todo, desde os resultados de uma eleição até a reputação de uma pessoa.

    + Táticas de desinformação: o que são ‘cortina de fumaça’ e firehosing

    Como está a legislação ao redor do tema?

    Ainda não existem leis que restrinjam ou regulamentem essa tecnologia.

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    Tem sido discutida a criação de uma legislação nos Estados Unidos, por exemplo, principalmente em resposta ao uso da IA generativa em desinformação política. Entretanto, ainda não existe uma lei federal sobre o tema. Já no Reino Unido, por meio da Lei de Segurança Online, a distribuição (embora não a criação) de imagens íntimas feitas ou alteradas digitalmente é crime. 

    Há uma movimentação nesse sentido feita por especialistas em inteligência artificial e executivos do setor – e até um dos pioneiros da tecnologia, Yoshua Bengio. Eles assinaram uma carta aberta chamada “Disrupting the Deepfake Supply Chain” (“Interrompendo a cadeia de suprimentos de deepfakes”, na tradução) que pede mais regulamentação envolvendo a criação de deepfakes, citando os possíveis riscos para a sociedade.

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    “Hoje, os deepfakes geralmente envolvem imagens sexuais, fraudes ou desinformação política. Como a IA está progredindo rapidamente e tornando a criação de deepfakes muito mais fácil, são necessárias salvaguardas”, afirma o documento. 

    Algumas das recomendações da carta incluem regulamentação, incluindo a criminalização total da pornografia infantil deepfake, criar penalidades criminais para qualquer indivíduo que conscientemente produza ou facilite a disseminação de deepfakes prejudiciais, e exigir que as empresas de inteligência artificial impeçam que seus produtos criem deepfakes nocivos.

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