“Destruição total ou parcial de um grupo étnico, de uma raça ou religião através de métodos cruéis”. É assim que o dicionário Michaelis define genocídio, palavra que ganhou os noticiários e até o discurso de líderes políticos com a escalada do conflito entre Israel e Palestina. Essa prática, que já exterminou milhões de pessoas, não é algo isolado de determinada região ou época, e já aconteceu em diferentes sociedades ao longo dos séculos.
Por isso, o GUIA DO ESTUDANTE reuniu seis momentos da história em que grupos foram alvo de genocídios. Confira abaixo.
Armênia
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Armênia fazia parte do Império Otomano, que tinha a Turquia como figura central. Com o pretexto de que os armênios estavam mais próximos da Rússia durante o conflito e que isso seria uma ameaça à segurança nacional, o governo turco perseguiu, deportou, torturou e assassinou diversos membros da cultura armênia.
Em 2021, 32 países reconheceram formalmente o ocorrido, mas até hoje a Turquia nega a existência do genocídio.
Holodomor
Em ucraniano, “holodomor” significa “matar pela fome”. E foi isso que ocorreu no conflito entre Ucrânia e a União Soviética entre 1932 e 1933, durante o governo de Joseph Stalin. A ideia foi gerar fome e miséria entre os ucranianos, e isso foi possível porque a Rússia comandava a circulação de produtos e alimentos na região.
Como os dados e arquivos da época do stalinismo são poucos, não é possível afirmar com exatidão o números de mortos por desnutrição. Mas a estimativa é que, com o corte do fluxo de pães e grãos, cerca de 2,4 milhões de pessoas tenham morrido.
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Holocausto
Quando a Alemanha estava sob o comando de Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial, estima-se que dois terços da população judaica tenha sido exterminada pelos nazistas. Esse genocídio ficou conhecido como holocausto.
E não foi apenas os judeus que foram perseguidos e mortos na época: os nazistas tentaram eliminar outros grupos, como ciganos, negros, pessoas de origem polonesa, comunistas, anarquistas, árabes e LGBTs.
Curdos
Os curdos são a maior população apátrida do mundo, ou seja, que não possui um território próprio, e se dividem principalmente em quatro territórios: Turquia, Síria, Irã e Iraque. Mas certas regiões ocupadas por eles, como Kirkuk, são ricas em petróleo, o que acabou gerando uma série de ataques do governo do Iraque.
Apenas entre 1975 e 1978, mais de 200 mil pessoas curdas tiveram que fugir de zonas de guerra no país e, em 1988, a operação iraquiana “Pilhagem de Guerra” destruiu mais de duas mil aldeias curdas e fez cem mil vítimas sob o comando de Saddam Hussein.
Camboja
Entre 1975 e 1979, o ditador Pol Pot queria tornar o Camboja uma república agrária socialista e, para isso, realizou uma série de massacres e perseguições. A estimativa é que dois milhões de pessoas tenham sido mortas na época.
Durante o período, minorias étnicas, como vietnamitas, chineses, tailandeses e muçulmanos eram alvos. Para se ter uma ideia, chineses foram proibidos de viver no país e muçulmanos eram obrigados a comer carne de porco.
Ruanda
Cem dias de massacre, 800 mil mortos. Esses são os números do genocídio em Ruanda, em 1990, quando o país entrou em uma guerra civil. Por conta de conflitos étnicos e políticos, extremistas étnicos hutus exterminaram milhares de pessoas da minoria tutsi.
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