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Cúpula do G20 começa com protestos; entenda o que está em jogo

Na mesa de negociações, estarão em pauta o combate ao terrorismo, o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas

Por Agência Brasil
Atualizado em 7 jul 2017, 16h59 - Publicado em 7 jul 2017, 16h58
Cúpula do G20 começa com protestos; entenda o que está em jogo
Cartaz de protesto, em Hamburgo, Alemanha, contra a vinda de Donald Trump, dos EUA, Vladimir Putin, da Rússia, e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, para a reunião do G20. (Sean Gallup/Getty Images)

Começou na manhã desta sexta-feira (7) em Hamburgo a Cúpula do G20, grupo que reúne os líderes das principais economias do mundo, em meio a protestos que já deixaram mais de uma centena de feridos. A informação é da Agência Télam.

A primeira reunião é focada no no combate ao terrorismo. Em seguida, na mesa de negociações, estarão em pauta os dois assuntos mais espinhosos, devido à falta de consenso com os Estados Unidos: o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, abriu o encontro de dois dias com um apelo para que os membros cooperem de maneira estrita para chegar a acordos, sem esquecer seus princípios. Merkel afirmou que espera que a cúpula consiga avançar para solucionar os problemas urgentes no mundo e acrescentou que acredita que todos os participantes trabalharão para isso.

Como anfitriã do encontro, a chanceler recebeu seus convidados, entre eles o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no centro de convenções da cidade, que está tomada por policiais para garantir a segurança das delegações, segundo a Agência EFE.

Protestos

O encontro acontece em meio a protestos, que ontem (6) resultaram em 159 policiais feridos e 60 manifestantes presos. O protesto foi realizado por jovens encapuzados, com o lema “Bem-vindos ao Inferno”. Hoje, a polícia voltou a usar canhões de água para dispersar os que tentavam bloquear o acesso à cúpula.

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Também houve protestos em frente à residência em que Donald Trump está hospedado, que impediram que sua esposa, Melania Trump, pudesse sair do edifício. “Até agora, a polícia não nos deu um OK em relação à segurança para podermos deixar a residência”, declarou um porta-voz da primeira-dama, que participaria de um encontro de esposas e maridos dos governantes.

Números do G20

Criado em 1999, na esteira de várias crises econômicas da década de 1990, o G20 é um fórum de cooperação e consulta sobre assuntos internacionais. Embora o número induza ao entendimento de 20 países, o G20 conta com 19 Estados em sua estrutura. O vigésimo integrante é um bloco, a União Europeia.

Além da UE, o G20 é composto por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. A população que vive nesses países corresponde a 66% do total mundial.

Cúpula do G20 começa com protestos; entenda o que está em jogo
(Divulgação/Agência Brasil)
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Ao longo do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, tentará obter um consenso da maior parte dos países sobre a reafirmação do Acordo de Paris, tema que ganhou mais destaque após o anúncio da saída dos Estados Unidos por Donald Trump. Os membros do G20 respondem por 81% das emissões de gases poluentes no planeta.

Firmado em 2015, após mais de 10 anos de negociações infrutíferas para mitigar o efeito da atividade econômica no clima, o tratado foi assinado por 195 países e ratificado por 147, responsáveis por 80% das emissões de gases – 165 metas de redução já foram submetidas. Apenas Síria e Nicarágua ficaram de fora na época.

Cúpula do G20 começa com protestos; entenda o que está em jogo
(Divulgação/Agência Brasil)

O crescimento da economia e as relações comerciais entre os participantes também dominarão parte do encontro da cúpula, que responde por 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, a soma de todas as riquezas produzidas no planeta.

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Cúpula do G20 começa com protestos; entenda o que está em jogo
(Divulgação/Agência Brasil)

Desafios em comum

Os membros do G20 têm desafios em comum a superar, como a desigualdade de oportunidades de emprego entre homens e mulheres. A taxa de diferença é menor em países como Canadá e França (6,2% mais homens trabalhando do que mulheres e 6,5%, respectivamente). Na outra ponta está a Arábia Saudita, com 77,5% de homens que trabalham e 17,6% de mulheres na mesma situação.

Outro exemplo é a conectividade com a internet: o país que compõe o G20 com menos acesso é a Indonésia, com 22% da população conectada. Reino Unido, Japão e Coreia do Sul elevam as taxas para 92%, 91% e 90%, respectivamente.

* Com informações da agência argentina Télam

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