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Dia Mundial do Meio Ambiente 2018 chama atenção para poluição com plástico
"A poluição por plástico está ameaçando nosso ecossistema, nossa biodiversidade e nossa saúde, em um ritmo e escala nunca vistos"
Por da Redação
5 jun 2018, 18h16
O dia 5 de junho é celebrado como o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972, e todo ano a organização escolhe um tema importante a ser discutido em associação a esse dia. O de 2018 é Beat Plastic Pollution, ou Combata a poluição plástica, um enorme desafio dos tempos atuais.
“A poluição por plástico está ameaçando nosso ecossistema, nossa biodiversidade e nossa saúde, em um ritmo e escala nunca vistos”, declarou administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner.
“Talvez você não saiba o que são plásticos descartáveis, mas você provavelmente os utilizou recentemente quando tomou água em garrafa ou refrigerante, usou um canudo, carregou verduras em um saquinho de supermercado ou mexeu seu café”, completa ele.
83% da nossa água da torneira contém partículas de plástico, e seus químicos tóxicos podem ser encontrados em nossa corrente sanguínea.
Em todo o mundo, 1 milhão de garrafas d’água feitas de plástico são compradas a cada minuto e até 5 trilhões de sacolas de plástico descartáveis são usadas por ano.
O equivalente a uma imensa ilha de plástico, de três vezes o tamanho da França, flutua neste instante entre a Califórnia e o Havaí.
Uma sacola de plástico foi encontrada recentemente em uma profundidade de 36 mil pés na Fossa das Marianas – o local mais profundo dos oceanos, situado no Pacífico!
50% dos plásticos consumidos no mundo são usados uma única vez.
Pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos a cada ano, afetando 600 espécies marinhas, das quais 15% estão ameaçadas de extinção.
Estima-se que, até 2050, 99% das aves marinhas terão ingerido plástico.
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Você pode encontrar mais informações no site da campanha da ONU #MaresLimpos (Clean Seas) (https://cleanseas.org/), criada para mobilizar os setores da sociedade global no enfrentamento deste problema – que, se não for solucionado, poderá resultar em mais plástico do que peixes nos oceanos até 2050.
Como você pode ajudar
Depois de ter visto a magnitude do problema, você pode achar que se trata de algo distante demais do seu cotidiano. Mas ocorre o contrário: se cada pessoa firmar o compromisso de deixar de usar plásticos descartáveis, poderemos ter uma mudança substancial no planeta.
Como fazer isso? Parando de usar canudinhos e talheres de plástico, usando sua própria garrafa de vidro ou caneca para o trabalho, usando sacolas retornáveis para fazer compras e coisas do tipo.
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1/10 A poluição dos oceanos por resíduos plásticos é o tema central de dois relatórios que foram divulgados recentemente pela ONG Surfrider e pela Fundação Ellen MacArthur. Enquanto o primeiro analisou a quantidade desse poluente atualmente em cinco localidades europeias, o segundo estimou que, em 2050, a quantidade de plásticos superará a de peixes nos oceanos. Saiba mais a seguir. (Imagem: iStock) ()
2/10 A organização não governamental Surfrider Foundation Europe divulgou, no dia 12 de abril, um relatório que mostra como o plástico (em forma de garrafas, sacos e tampas) é, atualmente, o principal predador do oceano. Com o apoio de voluntários, a entidade realizou em 2015 o primeiro censo de resíduos que poluem as praias, a orla costeira e os fundos marinhos de cinco regiões da França e da Espanha. (Imagem: iStock) ()
3/10 De acordo com a organização, o plástico constitui mais de 80% do lixo na maior parte dos locais analisados. Todos os dias, 8 milhões de toneladas de lixo acabam no oceano. Oitenta por cento da poluição que afeta os nossos mares são de origem terrestre e resultam da atividade humana, com repercussões terríveis na biodiversidade e na globalidade do ambiente, afirma Gilles Asenjo, presidente da Surfrider. (Imagem: iStock) ()
4/10 Nas praias de Burumendi e Porsmilin, na Espanha, 96,6% e 83,3% dos resíduos encontrados eram de plástico e de poliestireno. Já na também espanhola praia de Murguita, os resíduos desses mesmos componentes representaram 61% dos materiais recolhidos - sendo 18% deles vidro. (Imagem: iStock) ()
5/10 Além disso, os voluntários que auxiliaram na realização do censo recolheram diversos outros tipos de poluentes nos locais examinados: cordas, cigarros, embalagens de alimentos e até mesmo resíduos sanitários foram encontrados nas águas. (Imagem: iStock) ()
6/10 Segundo Asenjo, estas são apenas as primeiras indicações da gravidade da situação em toda a Europa. Ele explica que os resíduos plásticos são considerados os principais predadores do oceano porque levam centenas de ano para desaparecer, diferentemente de outros materiais como madeira ou cartão, por exemplo. Além disso, ele ressalta que os plásticos podem ser ingeridos pelos animais marinhos, o que pode fazer com que eles sufoquem e até morram. (Imagem: iStock) ()
7/10 Chamado de The New Plastics Economy, o relatório da Fundação Ellen MacArthur causou muita preocupação ao afirmar que, em 2050, haverá mais plástico do que peixes no oceano, em termos de peso. Mas, apesar de ganhar as manchetes de vários jornais, o relatório acabou sendo questionado - afinal, como é possível medir a quantidade de plástico e contar o número de peixes nos mares? (Imagem: iStock) ()
8/10 A própria fundação assume, no relatório, que é difícil realizar essas duas medições com precisão. Segundo eles, a quantidade de plástico apresentada no texto foi estimada a partir de um estudo publicado em 2015 por Jenna Jambeck, professora da Universidade da Georgia. Em seu estudo, Jenna tentou realizar um censo global da poluição por plásticos e estimar quanto disso acaba indo parar nos oceanos. Para isso, no entanto, ela levou em consideração apenas a área da baía de São Francisco, nos Estados Unidos. (Imagem: iStock) ()
9/10 Já a estimativa para o número de peixes teve como base um estudo de 2008 liderado pelo inglês Simon Jennings, onde foram usadas imagens de satélite para medir a extensão de fitoplâncton nos oceanos. Como os fitoplânctons são a base de quase todas as cadeias alimentares marinhas, esse dado pode ser útil para uma estimativa do número de peixes nos oceanos. (Imagem: iStock) ()
10/10 Apesar de se tratarem de estimativas, e não dados que possam ser cientificamente comprovados, os números apresentados pelo relatório da Fundação Ellen MacArthur mostram que a situação atual - como destacada pelo relatório da Surfrider - tende apenas a piorar no futuro. Além de levar séculos para se decompor no oceano, o volume desse resíduo está em constante crescimento. (Imagem: iStock) ()
Veja a mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres: