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Dica cultural para o fim de semana: Festival É Tudo Verdade

Sessões de filmes são gratuitas

Por da redação
27 abr 2017, 18h03
 (É tudo verdade/Divulgação)
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Se você costuma buscar formas menos convencionais de estudar – indo ao cinema, por exemplo –, vai curtir esta dica. O festival É Tudo Verdade, uma mostra gratuita de documentários, está rolando nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com algumas exibições também em Brasília e Porto Alegre.

O centenário da Revolução Russa é destaque da edição deste ano, com uma série de filmes (muitos deles raros!) soviéticos. Além dos documentários, rolam atividades paralelas como oficinas e debates (veja a programação aqui).

Veja abaixo as datas e algumas dicas de documentários para assistir. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria sempre uma hora antes de cada sessão.

São Paulo
Período: 20 a 30 de abril
Centro Cultural São Paulo, Cinearte, Cinemateca Brasileira, Circuito Spcine, Itaú Cultural, Reserva Cultural

Rio de Janeiro
Período: 19 a 30 de abril
Espaço Itaú de Cinema, Instituto Moreira Salles, Espaço Cultural BNDES

Brasília
Período: 4 a 7/5/2017
Local: Espaço Itaú de Cinema/ Shopping CasaPark

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Porto Alegre
Período: 3 a 7/5/2017
Local: Cinemateca Capitólio Petrobras

Dicas de filmes

Paris é uma Festa – Um Filme em 18 Ondas (Dir.: Sylvain George, França, 2017, 96 min.)
Em busca de traçar uma nova cartografia social de Paris, o diretor Sylvain George recorre a alguns adolescentes estrangeiros em seus percursos pelas ruas da capital francesa, após os atentados que a sacudiram desde o final de 2015. Passam pelo crivo destes jovens discriminados paisagens, canções, violência de Estado, a revolta, a busca de expressão.

Especial União Soviética

Avante, Soviete! (Dir.: Dziga Vertov, Rússia, 1926, 53 min.)
Encomendado pelo Soviete de Moscou para as eleições municipais, este deveria ser um filme-relatório que mostraria aos eleitores as ações da administração. Vertov, porém, recusa o simples institucional ao encadear as imagens por meio de um texto poético que reflete sobre a situação da cidade e da URSS como um todo no presente, no passado e no futuro.

Moscou (Dir.: Mikhail Kaufman e Iliá Kopálin, Rússia, 1927, 58 min.)
Primeiro trabalho de Kaufman e Kopálin dissociados de D. Vertov, esta sinfonia urbana do grupo Cine-Olho usa a estrutura de “um dia na cidade” para explorar visualmente Moscou e as transformações de suas ruas, edifícios e instituições, preocupando-se em nomear precisamente os locais mostrados, em contraste com a estratégia adotada em Avante, soviete!. O Grande Caminho (Dir.: Esfir Chub, Rússia, 1927, 74 min.) Neste filme realizado para a comemoração dos dez anos da Revolução, Chub narra, por meio de atualidades cinematográficas e documentos oficiais, a primeira década de existência da URSS, passando por Outubro, pela guerra civil e pela progressiva recuperação econômica do país, destacando ainda movimentos simpatizantes e opositores surgidos no exterior.

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Um Dia do Novo Mundo (Dir.: Roman Karmén e Mikhail Slútski, Rússia, 1940, 23 min.)
No dia 24 de agosto de 1940, 97 cinegrafistas espalhados por toda a URSS registraram os acontecimentos de um dia comum do país, de um café-da-manhã na casa de uma família à estreia de uma ópera de Prokófiev, passando por expedições no Ártico e pelo trabalho na rádio. Seguindo o estilo então em voga, uma vigorosa canção patriótica acompanha os eventos.

A Batalha por Nossa Ucrânia Soviética (Dir.: Aleksándr Dovjenko e Iúlia Sôlntseva, Ucrânia e Rússia, 1943, 73 min.)
Primeiro documentário feito depois da entrada da URSS na Segunda Guerra Mundial pelo famoso cineasta ucraniano Aleksándr Dovjenko, mais conhecido por suas ficções, que participou também de campanhas militares e foi muito ativo na imprensa durante o conflito. Aqui, seu tom pessoal e poético impregna o texto e as imagens deste registro dos horrores da guerra.

Mais Luz! (Dir.: Marina Babak, Rússia, 1987, 90 min.)
Marcando os 70 anos da Revolução em meio às incertezas e euforia da glasnost e perestroika, o filme propõe uma “conversa franca e aberta sobre o passado e o presente”, refletindo sobre os erros e acertos do país desde 1917. Seguindo o espírito de abertura, são apresentados materiais contendo personalidades há muito tempo apagadas da história oficial.

O Poder de Solovkí (Dir.: Marina Goldovskaya, Rússia, 1988, 93 min.)
Criado em 1923 e funcionando até 1939, Solovkí foi um dos primeiros campos soviéticos de trabalhos forçados. Mais de sessenta anos depois de suas detenções, antigos prisioneiros políticos relembram suas experiências e o cotidiano do campo onde imperava, como diziam os guardas do local, não o poder soviético, mas o “poder soloviético”.

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Elegia Soviética (Dir.: Aleksándr Sokúrov, Rússia, 1989, 35 min.)
No centro desta meditação realizada no ocaso da URSS, desfilam retratos de mais de uma centena de líderes soviéticos, tanto conhecidos – como Lênin, Trótski e Stálin – quanto hoje obscuros. Destacando-se dos demais, Borís Iéltsin, então caído em desgraça, é acompanhado por Sokúrov em três momentos distintos.

Veja a programação completa no site do festival.

 

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