Em ano de vestibular, a organização de uma rotina pode ser crucial para definir uma aprovação. Saber quantas horas estudar, por quanto tempo descansar e como distribuir as matérias no seu dia… tudo isso é válido para fazer a sua semana render e deixar você a cada minuto mais perto da sua vaga.
Tenha em mente que o melhor para cada estudante varia a partir de diversos fatores, como disponibilidade, oportunidades e disposição. Mas seja qual for o seu caso, algumas das dicas a seguir podem ser extremamente úteis.
Segunda a sexta
Cada estudante possui uma rotina diferente. Para o coordenador do Anglo, Daniel Perry, o ideal para alunos que estudam em um período e têm o resto do dia livre é estudar entre cinco e oito horas, e sempre as matérias que teve no dia. “O interessante é ele dedicar cerca de uma hora a uma hora e meia para cada matéria com uma pausa de 10 a 15 minutos entre elas”.
Para quem faz cursinho, segundo Vinícius Haidar, coordenador do Poliedro, a melhor estratégia é seguir o conteúdo programado pelas apostilas. “Também é importante sempre tentar intercalar as matérias de humanas e exatas”.
Criando seu próprio método de estudos
Alunos que estão no terceiro ano do Ensino Médio, não costumam ter um guia para estudar tão claro quanto nos cursinhos, afirma Vinícius, então é preciso se adaptar. “O melhor é pegar uma prova antiga do vestibular desejado de tempos em tempos e resolvê-la. Veja quais foram as dificuldades e estude durante as tardes.
Outra alternativa é seguir o mapa do Ensino Médio, ou seja, dividir o conteúdo pelo ano e estudar com o material do colégio mesmo. Segundo o coordenador, o mesmo é válido para quem decidir estudar por conta própria. “Consiga um material de apoio e também utilize essa estratégia”.
Trabalho + estudos
Vinícius ressalta que a organização dos estudos de quem concilia um curso pré vestibular e um emprego depende de diversos fatores, como a rotina em si, a flexibilidade dos horários de trabalho e o próprio cansaço de cada um.
De qualquer forma, Daniel afirma que é importante aproveitar o máximo da aula e das brechas ao longo da semana, como intervalos do trabalho, o almoço e, se possível, até o transporte, para ler o que foi ensinado e fazer exercícios. “Se ele conseguir nesses intervalos fazer cerca de cinco exercícios por dia, já serão 25 de segunda a sexta e 100 em um mês”.
Videoaulas
Nos colégios e cursinhos existe um começo, um meio e um fim. O estudante sabe a hora que começa a aula e a hora que ela termina. Quem estuda por videoaulas vive uma realidade diferente. Se ele decidir, as aulas podem começar às oito da manhã e terminar às onze da noite.
Entretanto, Vinícius alerta que essa estratégia está longe de ser a mais indicada. “Não faz sentido só assistir aos vídeos e não praticar. As pessoas aprendem errando e você não erra quando assiste uma aula, mas quando faz um exercício”.
Segundo o coordenador, para organizar o tempo, o ideal é seguir mais ou menos a rotina de quem frequenta um cursinho, ou seja, assistir às aulas em um período e fazer exercícios no outro. “Se não for assim, existe chance de o aluno se perder”.
Final de semana
Para os coordenadores, os estudos não devem parar nesses dias. Daniel afirma que é importante fazer uma espécie de resumo da semana. “O ideal é fazer um plano de estudos para que o estudante, no final de semana, consiga varrer todas as matérias que teve, nem que seja um pouquinho, nem que seja uma hora por matéria”.
Muitos aproveitam o período apenas para aprofundar o que sabem ou tentar entender o que têm dificuldade. Entretanto, segundo o coordenador, não adianta focar apenas em determinadas matérias. “É melhor estudar um pouquinho de tudo do que estudar só aquilo em que ele vai bem ou vai mal”.
Em uma prova que aborda diferentes matérias, todas elas são importantes – e todas terão elementos que o aluno vai conseguir aprender. “No vestibular, há questões fáceis, médias e difíceis – e as fáceis podem ser de qualquer assunto. Então, se ele conseguir estudar sempre um pouco de tudo, irá, no mínimo, dominar o básico de cada assunto e aumentar as chances de acertar mais questões”, explica Daniel.
Também não ache que apenas ler os materiais é o suficiente “A lógica nos finais de semana também é a mesma: praticar sempre o que aprendeu por meio de muitos exercícios”, completa Vinícius.