“Pé de moleque” ou “pé-de-moleque”: qual é o certo?

Arroz doce, pinhão, canjica, paçoca, milho verde: a lista de iguarias de festa junina é enorme – e uma delícia. Um dos quitutes mais populares é o famoso doce feito com amendoim caramelizado ou rapadura, bom para testar a dentição dos dançarinos de quadrilha: o “pé-de-moleque”? Mas, afinal, como se escreve esse doce: com ou sem hífen?

“Pé de moleque” é escrito assim mesmo, sem hífen. Esse tipo de dúvida é muito comum nas palavras hifenizadas desde o famoso Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, de 2006. Isso porque, desde que ele entrou em vigor, determinou que substantivos compostos com elementos de ligação (no caso, a palavra “de”) são escritos sem hífen. Outros exemplos da nova regra são “pé de vento”, “fim de semana”, “dia a dia“. (Como nem tudo é fácil nessa vida, porém, há algumas exceções à regra: “cor-de-rosa” e “pé-de-meia”, por exemplo, seguem com o hífen.)

Mas agora você já sabe. Da próxima vez em que estiver à beira da fogueira de São João, aproveite para comer um “pé de moleque”, sem hífen.

Exemplos de uso:

Nossa, eu quase quebrei o dente com esse pé de moleque.

Hmm, pé de moleque é meu doce favorito.

Pé de moleque e pé de moça são dois doces diferentes.

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