Muita gente se confunde com essas duas palavrinhas: “mau” e “mal”. Há quem recorra a uma regrinha prática: substituir “mal” por “bem” e “mau” por “bom” para não ter mais dúvidas.
Funciona? Sim, funciona! Mas que tal prestar atenção ao significado e ao contexto de cada uma para entender quando usá-las sem recorrer a essa receita? Vai que na hora você se confunde… E aí? Melhor garantir, não é?
MAU:
É sempre adjetivo. Significa “ruim”, “imperfeito”, “que causa mal ou prejuízo”. É antônimo de bom, tem como plural “maus” e como feminino a forma “má”. Assim como todo adjetivo, refere-se a um substantivo.
Exemplos:
– Interpretei o papel de um homem mau no teatro.
– Era um menino mau quando criança.
– Ele era muito mau com os filhos.
MAL:
Já a forma “mal” tem uma variedade maior de significados. Ela pode ser:
∙ Advérbio de modo: quando significa “de modo irregular”, “incorretamente”, “erradamente”. Nesse caso, é invariável e seu antônimo é o advérbio “bem”. Como todo advérbio, refere-se sempre a um verbo. Ex: Ela comia mal.
∙ Substantivo: quando significa “nocivo”, “prejudicial” ou pode ser empregado como sinônimo de “doença”, “enfermidade”. Como substantivo, admite plural (“males”) e pode ser precedido de artigo, adjetivo ou pronome. Seu antônimo é o substantivo “bem”. Ex: Catapora é um mal que atinge principalmente as crianças.
∙ Conjunção temporal: equivale a “assim que”. Ex: Mal anoiteceu e os ladrões invadiram a casa.
Consultoria:
– 1001 dúvidas de português
José de Nicola e Ernani Terra
Editora Saraiva