As duas formas, tanto “debaixo” quanto “de baixo”, existem na norma culta, mas são usadas em contextos diferentes.
“Debaixo de” significa “sob” e sempre precisa de um complemento. Como nos exemplos:
– Ele foi se esconder debaixo da mesa.
– Vivem debaixo do mesmo teto.
– Não usava roupas debaixo do sobretudo.
– Foi para casa debaixo de chuva.
Em todos esses casos (em alguns com certas alterações) é possível substituir “debaixo” por “sob“.
Quando, então, usamos “de baixo“, assim separado? Essa forma é mais rara e só cabe quando a ideia é fazer oposição a “cima“. Note também que ele nem sempre precisa de um complemento. Por exemplo:
– Mexeu a perna de baixo para cima.
– Vim de baixo, enquanto ela veio de cima.
– Ele nunca usa roupas de baixo. >> Em oposição às “roupas de cima”.
– Deixou as contas na parte de baixo da estante. >> Porque também existe a parte de cima da estante.
– Começou a reforma da casa pelo andar de baixo. >> Em oposição ao andar de cima.
Perceba que, nesses casos, não tem como substituir a expressão por “sob”. Assim, na dúvida, tente fazer a substituição. Se rolar, é “debaixo”, tudo junto. Se não rolar, é separado.
Veja aqui mais dúvidas de português.
Consultoria:
– Dicionário de erros correntes da Língua Portuguesa
João Bosco Medeiros e Adilson Gobbes
Editora Atlas
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