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Estude melhor

Por Susane Ribeiro
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Valorizar o que você estudou é melhor do que olhar para o que ainda falta

Se for para se comparar, é melhor que seja com sua versão do passado. Entenda melhor!

Por Susane Ribeiro
1 ago 2022, 14h54

Quando você estuda para o vestibular, costuma se lembrar do quanto falta todos os dias: das matérias que ainda não estudou, dos pontos que precisa para alcançar a nota de corte e por aí vai. É uma perspectiva que faz parecer que todo o seu esforço não serviu pra nada, que ainda falta muito para alcançar seu objetivo. Pouco a pouco, isso o desmotiva a continuar estudando. 

Pra sair desse ciclo, queria te mostrar o conceito do ganho e gap do livro “The Gap and The Gain: The High Achievers Guide to Happiness, Confidence, and Success” (a tradução livre é “O Gap e o Ganho: O Guia dos Grandes Realizadores para Felicidade, Confiança e Sucesso”). 

A ideia de “ganho” e “gap” são, basicamente, duas formas diferentes de se comparar. No fim, você vai perceber que se for para ficar se comparando, é melhor fazer isso de um jeito inteligente e que te mantenha motivado. Vem comigo!

O “gap” – ou o quanto ainda falta

A primeira forma de se comparar é medir o quanto falta: esse é o “gap”. A impressão que essa comparação causa é de que por mais que você tenha evoluído, continua distante do objetivo.

Neste momento, você pode pensar algo do tipo “não sou inteligente o suficiente” ou “nunca vou conseguir”. 

É algo muito comum e que sentimos quando queremos aprender uma língua estrangeira, começar um novo hábito ou acertar mais de 40 questões por área no Enem. A imagem a seguir exemplifica um pouco a lógica dessa comparação:

O
(Susane Ribeiro/Guia do Estudante)

O “ganho” – ou o quanto você já evoluiu

A segunda forma de se comparar é avaliar o seu progresso, ou seja, o quanto já andou. Nessa forma, do “ganho”, você compara seu desempenho hoje com o desempenho que tinha quando começou a estudar. 

Desde pequenos, somos acostumados a nos comparar com versões do futuro – que sequer existem ainda ou são reais –, mas jamais perceber a evolução. 

Faça uma pausa agora e veja o quanto já evoluiu, o quanto aprendeu, quanto tempo consegue estudar por dia. Melhor, não é?

O
(Susane Ribeiro/Guia do Estudante)

Medir o progresso em relação ao ponto de partida traz energia e motivação pra continuar no caminho. Você vê que todo o seu esforço realmente vale a pena, todos os dias. Assim, você se motiva para continuar estudando cada vez mais. 

Por outro lado, medir o progresso em relação ao quanto falta pode trazer ansiedade, frustração e uma sensação de incapacidade. A longo prazo, isso gera desmotivação com os estudos.

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comparação entre o
(Susane Ribeiro/Guia do Estudante)

Você já passou por isso alguma vez? Veja o vídeo abaixo para entender melhor:

No fim das contas, usar essa nova forma de se comparar reduz a ansiedade de sempre se comparar com um ideal inalcançável, e aumenta a satisfação com os estudos ao ver que você está progredindo mais e mais a cada dia. 

Susane Ribeiro foi aprovada em engenharia aeronáutica no ITA, em medicina na USP e na Unicamp e criou o Método Sniper de Questões. Ela tem um canal no YouTube onde dá dicas para estudar melhor e manter a motivação.

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