Você sabe o que um profissional de Relações Públicas faz? Ele desenvolve planos de comunicação para empresas, órgãos públicos e instituições do terceiro setor (ONG) tanto internamente, estabelecendo, por exemplo, um canal de diálogo entre funcionários e a corporação, quanto externamente, ao cuidar da imagem da instituição perante seus clientes. Além disso, o relações públicas (ou RP, como é chamado) também está presente em assessorias de imprensa e agências de comunicação que realizam esse tipo de serviço.
Achou interessante? Então, você vai gostar de conhecer o curso da Universidade de São Paulo (USP). Avaliada com 5 estrelas pelo Guia do Estudante 2014, a graduação é uma habilitação da área de Comunicação Social e recebe, por ano, 50 novos alunos – 20 para o período da manhã e 30 à noite. O ingresso no curso se dá por meio do vestibular da USP, a Fuvest, e as aulas são ministradas na Escola de Comunicações e Artes (ECA), na Cidade Universitária.
A graduação é uma das mais abrangentes em Comunicação Social. Ao longo dos semestres, os estudantes têm matérias tanto do campo teórico, como semiótica, quanto de ordem técnica. Assessoria de imprensa, produção audiovisual, design de artes publicitárias e organização de eventos serão algumas disciplinas que abordarão práticas comuns do profissional no mercado de trabalho. Para Pedro Giannetti, estudante do terceiro ano de Relações Públicas, o maior diferencial do curso da USP é, no entanto, o enfoque teórico. “Essas matérias te fazem refletir, te ajudam a formular um senso crítico e também a desenvolver o seu próprio ponto de vista sobre as coisas”, conta.
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Outro ponto levantado pelo aluno é o fato de que a USP fornece várias oportunidades de intercâmbios acadêmicos em universidades de comunicação pelo mundo todo. O curso da instituição também é uma boa pedida para quem se interessa por pesquisa acadêmica e oferece bolsas de iniciação científica e em estágios internos.
A estudante Isadora Meirelles teve muitas dúvidas antes de ingressar na graduação de Relações Públicas. Ela conta que chegou a prestar vestibular para diversas carreiras na área de humanas, mas não conseguia se decidir até ler mais sobre o curso de RP. “Tinha prestado Moda, Direito, Relações Internacionais, Economia, Administração, mas nada me agradava. Foi então que, durante uma busca pelos cursos da USP, deparei-me com o curso de Relações Públicas e me encontrei. Ele unia tudo que eu mais gostava e que eu me considerava boa: comunicação e humanidades”, lembra a aluna.
Apesar do enfoque teórico do curso, Isadora destaca que já teve diferentes oportunidades de prática em Relações Públicas por meio de estágios ao longo da graduação. Ela teve experiência na área de marketing institucional, na qual aprendeu sobre branding (formação de imagem) e estratégias institucionais de comunicação. “Agora, trabalho em uma instituição do terceiro setor com enfoque em pesquisa e me visualizo trilhando a vida acadêmica”, diz. A aluna ainda enfatiza que, apesar de vasto, o campo de RP se concentra principalmente nas grandes capitais brasileiras.
“Não temos nenhum tipo de laboratório, o que pra mim é um grave defeito no curso. Porém, você pode contornar isso se envolvendo nas entidades estudantis, como a Agência Junior dos cursos de Relações Públicas, Publicidade e Turismo, ou até em atividades outas áreas da comunicação e das artes”, explica Pedro. Entretanto, o estudante conta que a vivência prática aparece com maior força nos últimos três semestres da graduação. Neles, os alunos se envolvem em um grande projeto em que criam a própria agência do zero e desenvolvem um plano de comunicação aplicado a uma empresa, agência ou ONG já existente.
Palavra de Estudante Isadora Meirelles: “Sabe se relacionar e tem ideias criativas para executar uma ideia e fazer com que outros a entendam? Você está na profissão certa. Tem que ter muito jogo de cintura para lidar com situações de crise e apresentar soluções práticas para problemas aparentemente complexos. Isso é ser RP.” Pedro Giannetti: “A recepção do calouro de Relações Públicas é incrível. Tenho certeza que todo mundo que já fez ECA lembra como se fosse ontem da sua entrada na universidade. Os veteranos são animados, brincam, fazem piadas mas também te ajudam e dão dicas, se for o caso. Mas o mais importante, te tratam com muito respeito e carinho. Me senti “parte da família” desde quando os veteranos vieram me caçar no Facebook para me adicionar no grupo da sala. Para os calouros da ECA, temos a Semana dos Bixos, uma semana de recepção com várias atividades, gincanas, churrasco e festa organizadas pelo veteranos. Entre os RPs, temos o famoso “Churrasco de RP’, organizado pelos veteranos e totalmente sem custo para os bixos. É tradição que os veteranos tenham que pagar.”
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