Com base na proposta lançada no site, os estudantes deveriam escrever uma dissertação sobre o tema “Limites devem existir no mundo das artes?”. Leia abaixo uma das redações enviadas e veja, em seguida, a análise feita pelos professores da plataforma de correção Imaginie.
Tema: Limites devem ser impostos no mundo das artes?
Célebres artistas do século XV e XVI, como Michelangelo e Leonardo Da Vinci, retratavam em suas obras as concepções das crenças de seu tempo e acabaram revolucionando a história da arte, mas não pelo caráter provocativo que as obras poderiam assumir, mas sim pela beleza e inovação inerente de suas técnicas. Exposto isso, é observável que atualmente a maioria dos artistas deixaram de representar em suas obras a materialização da beleza dos pensamentos humanos e, por conseguinte, passaram a expor em nome da arte [1] a transgressão ao respeito pelos padrões de valores vigentes socialmente.
Dito isso, nos tempos modernos, na contramão do modus operandi dos artistas do séculos XV e XVI, o homem passou a ser o centro de tudo, doravante, os mesmos deixaram de retratar em suas produções artísticas o ideal metafísico da beleza que acreditavam transcendê-los. Por essa razão, vê-se atualmente expressões artísticas que tentam de maneira inadequada causar comoção social sobre temas vivenciados no dia a dia das pessoas. Prova disso são as exposições artísticas como a do “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, em que o vilipêndio às crenças religiosas e a incitação ao estupro foram reconhecidas como fator marcante das obras.
Feitas essas considerações, pode-se ainda frisar a apresentação equivocada da arte como catalisadora de novas reflexões nos dias atuais. A arte sempre foi produzida por vários motivos, no entanto, a representação da realidade e a provocação social sempre se deu de maneira harmônica, isso é, sem a destruição das estruturas que sustentam a sociedade moderna, que é a família ortodoxa e a consciência coletiva. Contudo, o que se vê atualmente é a degradação de tais estruturas pela apresentação de temas sexuais ao público potencialmente infantil, como ocorreu na exposição “Queermuseu”, realizada pelo banco Santander.
Dessa forma, ficam nítidas a inexorabilidade [2] da necessidade da deliberação, no que concerne aos parâmetros legais que devem ser respeitados por artistas no país. Portanto, o Ministério da Educação deveria implementar no calendário escolar o ensino sistemático de arte em escolas públicas, com o objetivo de incitar a análise de elementos que compõem obras historicamente reconhecidas, instigando, consequentemente, a produção de algo equivalente futuramente no território nacional. Ademais, o Ministério da Cultura deveria desenvolver mecanismos que instruíssem os artistas a criarem obras sem ideologias destruidoras das ordens sociais vigentes, pois somente dessa forma construiria-se um ambiente artístico cuja arte seria enxergada como um agente de reflexão transcendental. [3][4][5][6]
Avaliação por competência:
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[1] Colocar “em nome da arte” entre vírgulas.
[2] Faltou concordância.
[7] Bom domínio da norma culta.
Competência II – Compreender a Proposta:
[4] Bom domínio do texto argumentativo.
Competência III – Selecionar e relacionar argumentos:
[8] Argumentação coerente.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[5] Boa interligação das ideias no texto
[6] Texto coeso.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[3] As propostas podem melhorar.
Nota: 880