Assine Guia do Estudante ENEM por 15,90/mês
Continua após publicidade

‘Rustin’: ativista apagado da história lutou ao lado de Martin Luther King

Filme indicado ao Oscar 2024 conta a história de Bayward Rustin, atuante na luta por direitos civis dos negros nos Estados Unidos

Por Ludimila Ferreira
18 mar 2024, 19h00
cena do filme rustin
 (Netflix/Divulgação)
Continua após publicidade

“Rustin”, filme indicado ao Oscar 2024, conta a história de um ativista que, por muito tempo, foi apagado da história. Bayard Rustin teve grande influência na luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos ao lado de Martin Luther King, mas por ser homossexual acabou escondido dentro do próprio movimento. O loga-metragem de 2023 é um “acerto de contas” e resgata a atuação de Rustin.

Produzido pela Higher Ground, produtora de Barack Obama e Michelle Obama, o filme mostra como Rustin foi um homem carismático e inteligente, e retrata as mudanças sociais ocorridas na época. O evento mais importante abordado no longa-metragem é a Marcha de 1963. Os espectadores acompanham os bastidores do grande ato e os desafios enfrentados pelas lideranças envolvidas na organização.

Para além de uma luta por direitos, o longa mostra como o movimento pelos direitos civis também foi marcado por uma batalha de egos. Realista, esta obra biográfica mostra o que Bayard Rustin enfrentou até enfim ser reconhecido por seu trabalho.

Conheça a história desse ativista e saiba onde assistir ao filme.

Continua após a publicidade

+ O que é necropolítica e como o conceito pode aparecer no vestibular

A Marcha de 1963

foto de rustin na marcha de washington
(Wikimedia Commons/Reprodução)

Bayard Rustin foi o responsável por organizar a marcha por direitos civis dos negros de Washington que aconteceu em 1963. O objetivo era pedir empregos e liberdade para a comunidade negra. Foi nesta marcha que Martin Luther King fez seu famoso discurso  “Eu Tenho um Sonho”. O filme mostra como Rustin organizou a marcha em apenas dois meses com a ajuda de duzentos voluntários – um grande feito para uma época em que a comunicação era mais lenta, e se dava por telefones fixos e máquinas de escrever.

Continua após a publicidade

Apesar de ter grande influência no movimento, o ativista não foi aceito como o rosto da revolução por não performar os padrões de gênero aceitos naquele momento, já que ele era abertamente gay. Para os outros militantes, pessoas negras precisavam mostrar seu “melhor lado” para conquistar direitos, então era necessário que o principal representante se encaixasse nas expectativas sociais. Rustin foi substituído Martin Luther King, um homem heterossexual e que tinha uma família.

+ ‘A Cor Púrpura’: filme revela o mundo pelos olhos da mulher negra

Homossexualidade vista como crime e doença

foto de rustin com walter
(Brendan Doyle/Documentário 'Bayard & Me'/Divulgação)

Rustin foi preso algumas vezes enquanto ativista e uma delas foi por se relacionar com um homem. Em 1963, nos Estados Unidos, a homossexualidade era vista como perversão e crime. Batidas policiais em bares gays eram comuns, e clientes e funcionários eram espancados e detidos. A luta da comunidade LGBTQIAP+ norte-americana só começou oficialmente depois da Revolta de Stonewall, em 1969, quando as pessoas reagiram contra um ataque truculento da polícia.

Além disso, na década de 1960 nos Estados Unidos, a homossexualidade era vista como um transtorno mental. Alguns estados impunham leis que discriminavam essa parcela da sociedade e negavam direitos básicos. Por estas razões, era comum que muitos não assumissem sua sexualidade – diferentemente do caso de Rustin.

O filme, por fim, coloca em pauta a importância da interseccionalidade, teoria que evidencia como algumas minorias podem sofrer ainda mais opressão. No caso de Rustin, além de ser um homem negro que, assim como seus companheiros de luta, sofria com o racismo, ele também era gay e precisava lidar com a homofobia. Uma das falas mais marcantes do filme é “no dia que nasci negro, eu também nasci homossexual”, evidenciando que uma luta não exclui a outra.

Continua após a publicidade

+ 8 filmes sobre racismo e desigualdade racial

Onde assistir ‘Rustin’

O filme está disponível na Netflix e tem 1h48 de duração.

Busca de Cursos

Continua após a publicidade

+ 5 momentos históricos da luta contra a homofobia no Brasil e no mundo

Entre no canal do GUIA no WhatsApp e receba conteúdos de estudo, redação e atualidades no seu celular!

Compartilhe essa matéria via:

 Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso GUIA DO ESTUDANTE ENEM e tenha acesso a todas as provas do Enem para fazer online e mais de 180 videoaulas com professores do Poliedro, recordista de aprovação nas universidades mais concorridas do país.

Publicidade
‘Rustin’: ativista apagado da história lutou ao lado de Martin Luther King
Repertório Cultural
‘Rustin’: ativista apagado da história lutou ao lado de Martin Luther King
Filme indicado ao Oscar 2024 conta a história de Bayward Rustin, atuante na luta por direitos civis dos negros nos Estados Unidos

Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR
OFERTA

Plano Anual
Plano Anual

Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

a partir de R$ 15,90/mês

Plano Mensal
Plano Mensal

R$ 19,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.