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7 ótimas técnicas de estudo para qualquer prova

Adotar essas práticas pode ajudar você a usar melhor seu tempo enquanto estuda

Por Claudia Gasparini, de EXAME.COM. Editado pelo Guia do Estudante
Atualizado em 21 fev 2020, 17h18 - Publicado em 14 set 2017, 18h47
 (Pixabay / Lucas Silva/Reprodução)
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Não adianta ligar o piloto-automático diante de vestibulares, concursos públicos, exames de proficiência em línguas ou provas de admissão em programas de pós-graduação. A preparação precisa ser mais estratégica, com base em métodos para garantir a fixação e acelerar o processo de aprendizado.

Na visão de Paulo Estrella, diretor pedagógico da Academia do Concurso, é possível estudar sem aplicar nenhuma metodologia – mas você gastará muito mais tempo do que quem aprende com o auxílio de alguma técnica. “Sem perceber, vamos experimentando e consolidando nossas próprias táticas, mas é interessante conhecer e testar alguns métodos já comprovados”, afirma.

>> Veja outras dicas no blog Dicas de Estudo!

Para Nestor Távora, professor da LFG Concursos, adotar procedimentos de estudo de forma consciente é essencial para garantir a melhor administração do tempo. Certas estratégias tornarão o seu trabalho mais rápido e, portanto, menos pesado e cansativo.

Com a ajuda dos dois professores, listamos 7 técnicas de estudo que podem ser úteis na preparação para provas complicadas:

1. Mapa mental

Quer visualizar um conteúdo complexo e todo intrincado em ramificações? Experimente representá-lo num “mapa mental” — nome bonito para um diagrama composto por palavras, ícones e flechas. A principal vantagem de elaborar esses esquemas é a possibilidade de criar uma ordem lógica entre as informações, com destaque para interconexões e relações de hierarquia.

“Não é um método para fixar a disciplina, mas sim visualizá-la de forma sistêmica, isto é, compreender como os conceitos se distribuem dentro daquele campo de conhecimento”, explica Estrella. “É importante para saber que o conceito X aparece quando o tema Y é discutido, o que facilita a associação de ideias”.

Imagine que você está estudando ligações químicas por meio de um mapa mental, e uma das flechas aponta para a expressão “ponte de hidrogênio”. A organização visual das informações ajuda a fixar o fato de que, quando se fala em ponte de hidrogênio, o que se discute são ligações químicas.

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2. Fichamento ou resumo

Ler atentamente o livro-texto é um passo obrigatório em qualquer preparação, mas o estudo não pode terminar por aí. Também é fundamental reorganizar as informações lidas com as suas próprias palavras.

Uma forma de fazer isso é elaborar fichamentos, isto é, sínteses esquemáticas de cada texto. “Um fichamento é uma cartela que contém as informações mais importantes sobre um livro ou capítulo de um livro, por exemplo”, diz Estrella. “É a melhor maneira de organizar a bibliografia”. A ideia é elaborar um índice das suas leituras de acordo com a sistematização já elaborada no mapa mental, descrito no item anterior.

Outra possibilidade é redigir um resumo, isto é, reescrever com as suas próprias palavras o conteúdo estudado. “Aja como se você fosse o autor da sua própria apostila sobre o assunto”, explica o professor. Pode ser um texto corrido ou por tópicos: o importante é traduzir as ideias para a sua linguagem, incluindo suas interpretações e comentários sobre o tema.

3. Construção e reconstrução de tabelas

Outro método recomendado por Estrella é representar informações no formato de quadros. É uma boa opção para fixar conteúdos que têm uma determinada sistemática bastante específica por trás.

Imagine que você está estudando Direito penal, por exemplo. Experimente elaborar uma tabela em que haja colunas dedicadas ao que tipifica cada crime, qual é o tamanho da pena e qual é o prazo de resposta para cada tribunal, entre outras informações.

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Na primeira vez, desenhe o quadro consultando livros e apostilas. Depois de algumas cópias, tente reconstruí-lo de memória. Esse procedimento é uma excelente forma de gravar os conteúdos sem perder de vista as interconexões entre eles. “Assim como os mapas mentais, é uma técnica muito útil para quem tem memória visual”, diz o especialista.

4. Gravações de áudio

Nem todo mundo tem facilidade para se lembrar do que viu: muita gente fixa melhor aquilo que escutou. Se esse é o seu caso, tente estudar com a ajuda de um celular ou qualquer outro dispositivo que funcione como gravador.

“Grave a sua própria exposição oral sobre o tema, como se você fosse um professor”, recomenda Estrella. Falar, por si só, já é uma excelente forma de se apropriar de uma ideia. Ouvir depois as suas próprias “aulas” várias vezes é melhor ainda.

Também é interessante escutar podcasts e aulas online sobre o assunto, muitas vezes disponíveis gratuitamente na internet. Para quem tem pouco tempo, vale aproveitar os deslocamentos entre a casa e o trabalho para ouvir os áudios.

5. Apresentações para o espelho

Se você vai enfrentar uma prova oral, é imprescindível simular o encontro com a banca avaliadora. O primeiro passo é fazer isso sozinho, munido de um espelho e uma boa dose de senso crítico.

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Feitos os primeiros ensaios solitários, diz Távora, experimente se apresentar para amigos, parentes e professores. “Esse tipo de exercício é fundamental para desenvolver a lógica do seu raciocínio e, principalmente, para estimular a sua capacidade de improviso”, explica.

De acordo com o professor, muitos candidatos vão muito bem nas provas escritas, mas acabam reprovados nos testes orais — tudo porque não desenvolveram jogo de cintura para a ocasião. Falar para o espelho ou para outras pessoas é o único meio de simular a apresentação para a banca e desenvolver métodos para controlar o seu nervosismo.

6. Táticas mnemônicas

Todo mundo já teve um professor do ensino médio que cantava músicas ou elaborava frases engraçadas para facilitar a memorização da tabela periódica. Técnicas mnemônicas, isto é, que facilitam a fixação de palavras ou expressões, são usadas desde a Antiguidade e podem ser uma mão na roda diante de assuntos que simplesmente precisam ser decorados.

Uma opção é o acróstico, uma frase formada por palavras cuja primeira letra é a dica para o que precisa ser lembrado. Se você quer gravar, por exemplo, os nomes dos bairros paulistanos Mooca, Penha, Belém e Carrão, por exemplo, pode usar a frase “Meu Pai Bebe Café”. Outro instrumento é o acrônimo, uma palavra formada por letras que representam outras palavras, como a ferramenta de gestão CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude).

Seja qual for, diz Estrella, a tática mnemônica deve ser usada quando existe a necessidade de gravar conteúdos sequenciais e sem qualquer relação lógica entre si. É uma opção interessante para gravar nomes ou números de leis, por exemplo.

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7. Simulações cronometradas

Para Távora, colocar os seus conhecimentos à prova é uma etapa fundamental na preparação para qualquer exame. No caso de um concurso público, por exemplo, é preciso recuperar provas de anos anteriores e resolvê-las com o cronômetro ao lado.

“O exame deve ser resolvido exatamente como seria na situação real”, explica o professor. Quanto mais você se familiarizar com as condições da prova, inclusive a duração dela, maiores as suas chances de aprovação.

Os simulados também são essenciais para se acostumar ao estilo das questões. “É a melhor forma de aprimorar a sua técnica de interpretação e não ter surpresas diante da linguagem da banca examinadora”, afirma o professor da LFG.

 

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