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Como os treineiros podem aproveitar o Enem da melhor forma possível

Estudantes do primeiro e segundo do ano do Ensino Médio têm a oportunidade de efetivamente conhecer a prova em suas condições reais

Por Julia Di Spagna
Atualizado em 6 dez 2020, 11h13 - Publicado em 23 out 2019, 16h54
 (Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução)
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Milhões de candidatos se preparam ao longo do ano para o Enem, que é a porta de entrada para diversas universidades pelo país. Neste ano, o exame acontece nos dias 3 e 11 de novembro. 

Uma ferramenta que faz parte da rotina dos estudante são os simulados. Mas nada melhor que a própria prova para treinar o tipo de questão cobrada, organizar-se com o tempo, sentir o clima do dia do exame, ficar em uma sala mapeada e controlada, e receber as provas e os cartões-respostas oficiais.

Viver essa experiência é algo possível para os treineiros. Estudantes do primeiro e do segundo ano do Ensino Médio, que querem se preparar para futuras edições, podem fazer a mesma prova que as pessoas que já concluíram a educação básica. 

Segundo Cláudio Falcão, diretor do Sistema de Ensino pH, a maior vantagem em fazer o Enem como treineiro está no nome: treinar. É preciso treinar o controle do tempo durante a elaboração da prova, o modelo de questão e, principalmente, sua calma. Além disso, é uma ótima forma de elaborar uma espécie de diagnóstico. “Ele realiza as provas e consegue ver quais conteúdos e quais objetos de conhecimento sente dificuldade”, diz o diretor.

Alexandre Takata, coordenador pedagógico do Cursinho Maximize, de São Paulo (SP), também aponta que o treineiro terá a possibilidade de compreender a sua performance e compará-la à de seus concorrentes, entendendo quais são os conteúdos que ele precisa estudar mais para obter um desempenho melhor no ano seguinte. “Os distratores (alternativas erradas) não estão aleatoriamente ou banalmente propostos nas questões: eles são erros esperados e entender o porquê da escolha por determinada alternativa é um recurso poderoso para entender melhor aquele conteúdo”, completa o coordenador. 

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Mas não podemos esquecer de algo fundamental na hora da prova: a tranquilidade. Para isso, a experiência ajuda a lidar com a pressão que o próprio aluno se coloca. “Ao fazer a prova anteriormente, ele chegará mais confiante no ano seguinte, pois verá que ela não é um monstro e perceberá que a realidade pode ser bem menos assustadora do que imagina”, afirma Alexandre.

“Uma dica é: durante e após o exame, anote todas as situações-problema que conseguiu observar. Depois, converse com professores e coordenadores para obter dicas sobre como superar as suas dificuldades e escolher a melhor forma de encarar cada situação. Ou seja, com base nas suas dificuldades, repense a sua estratégia de prova.”

Para Cláudio, é essencial ler tudo que está no enunciado: imagens, textos, legendas e fontes. “Ele tem o papel de orientar a questão, contextualizá-la, por isso a importância da leitura atenta”.

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E lembre-se que esse ainda não é o exame oficial, mas apenas um estímulo para os estudos. Um resultado ruim não pode desestimulá-lo. “É natural que um desempenho abaixo do desejado seja um pouco frustrante, mas a ideia é justamente se conhecer e ver em que aspectos e em que conteúdos precisa melhorar”, afirma Alexandre.

Ele lembra que existe um longo caminho de aprendizado. Você vai adquirir maturidade e novas habilidades, que permitirão um desempenho melhor da próxima vez. “Isso sem falar nas aulas que ele ainda terá até a conclusão do Ensino Médio e que possibilitarão um contato com conteúdos que apareceram na prova que fez como treineiro e que errou por ainda não ter estudado”, completa. 

Apesar de ser apenas um treino, Cláudio diz que o estudantes devem fazer a prova inteira nos dois dias. “Se puder começar desde o primeiro ano do Ensino Médio melhor, porque você vai se acostumando ao ambiente, àquele mundo, àquela tensão e isso vai se tornando normal”, diz Cláudio. 

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Alexandre também defende que a prova deve ser feita com seriedade, como se uma vaga realmente estivesse em jogo. “Sem a pressão dos demais participantes, os treineiros conseguirão aplicar com mais tranquilidade as práticas para a execução de uma prova de vestibular e que tratam do que chamamos de ‘estratégia de prova’ (por exemplo a ordem de resolução das questões, priorizando as mais fáceis e deixando as mais difíceis para o final, entre outras recomendações)”, diz o coordenador.

Em resumo, leve a prova a sério, mas aproveite para testar técnicas e aproveitar o melhor que essa experiência tem a oferecer. Boa sorte!

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