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Enem: por que o número de acertos não corresponde diretamente à nota

A correção da prova funciona por um “método antichute” chamado Teoria de Resposta ao Item

Por Taís Ilhéu
22 nov 2022, 16h06 • Atualizado em 22 nov 2022, 17h21
 (Pixabay/Reprodução)
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  • Corrigiu suas provas do Enem pelos gabaritos oficiais e já está desanimado com os resultados? Mantenha a calma porque nem tudo está perdido! É importante lembrar que, no Enem, diferentemente de outros vestibulares, o número de acertos não corresponde diretamente à nota.

    Quer dizer, já houve tempos em que foi assim. Até 2009, o exame dava os resultados dos candidatos com base na Teoria Clássica dos Testes (TCT), em que o número de acertos correspondia à nota. É como ainda hoje funciona a correção da primeira fase da Fuvest e da Unesp, por exemplo.

    Acontece que, desde 2010, o Inep resolveu aplicar um novo método de avaliação dos candidatos, que fosse capaz de medir a real proficiência em uma área baseado na “coerência” dos acertos dos candidatos. O método também ficou conhecido por ser um jeito de identificar os famosos chutes na prova. A gente explica o porquê.

    Cálculo do TRI

    Análise da questão

    Para explicar como a Teoria de Resposta ao Item (TRI) funciona, é preciso considerar que a prova de cada área do conhecimento do Enem é elaborada prezando por um equilíbrio entre questões fáceis, médias e difíceis. Considerando o nível de dificuldade de cada questão, o Inep elabora uma função matemática, que também leva em conta mais dois parâmetros:

    • A do acerto casual (a chance de um candidato acertar uma questão chutando)
    • A de discriminação (que é a eficácia da questão em medir quem domina ou não aquele conteúdo)
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    Assim, é gerado um gráfico para cada questão da prova, que mostra quais as chances que um candidato com determinado nível de proficiência tem de acertá-la. Mas falta algo para fechar essa conta. O cálculo da probabilidade de acerto é sempre feito em conjunto com uma outra análise: a da coerência pedagógica.

    Coerência

    E aqui entra de novo a história do chute. Uma prova considerada incoerente é aquela em que o candidato acerta mais questões difíceis e médias do que questões fáceis. O próprio Inep explica de um jeito bem didático:

    Imagine uma prova de salto em altura: se um atleta consegue saltar barras de até 1 metro de altura, espera-se que ele também consiga saltar obstáculos de 90, 80 e 70 cm, por exemplo, mas não de 1,2 m.

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    Portanto, se você acertou uma questão de História mais simples e errou uma mais complexa, você não está em uma situação tão ruim assim. Sua prova será considerada mais coerente do que a de quem cometeu o acerto inverso. 

    Mas então quer dizer que é melhor não chutar nas questões difíceis, já que o TRI vai considerar que meu acerto foi ao acaso? Não é para tanto! Só fique atento para responder às questões mais fáceis primeiro, garantindo esses acertos e que, portanto, sua prova será “coerente” para o Enem. Se não souber responder o restante, é melhor chutar do que ficar em branco. Afinal, uma questão em branco não pontua, e um acerto no chute apenas tem chance de pontuar com uma nota menor. 

    Para fechar, fica o recado: nem sempre pessoas com o mesmo número de acertos terão a mesma nota. Assim como quem acertou 30 questões pode ter uma nota superior a quem acertou 35. Tudo depende da famosa Teoria de Resposta ao Item. 

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