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Enem 2021: Inep divulga data para pedir isenção, mas não a do exame

Primeiras informações sobre a avaliação saíram nesta segunda-feira (3); ex-presidente do Inep aponta risco de adiamento e falta de verba

Por Luccas Diaz
Atualizado em 3 Maio 2021, 10h40 - Publicado em 3 Maio 2021, 10h39

Na manhã desta segunda-feira (3), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou no Diário Oficial da União o edital com as primeiras informações sobre a edição 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As primeiras datas divulgadas foram referentes ao período de solicitação e justificativa da isenção do pagamento na taxa de inscrição do exame. Mas ainda não há a data para a  realização da avaliação.

Segundo o calendário, os candidatos que desejarem solicitar a isenção do pagamento da inscrição no Enem 2021, juntamente com aqueles que solicitaram no Enem 2020, mas não compareçam ao exame, terão do dia 17 ao dia 28 de maio para justificar a ausência e solicitar uma nova isenção. O resultado será divulgado no dia 9 de junho, mas ainda será possível recorrer da decisão entre os dias 14 e 18 de junho, com o resultado final em 25 de junho.

A data da aplicação, assim como a do período de inscrições, ainda não foi liberada. O edital na íntegra está disponível no site do Diário da União.

Dúvidas

Em entrevista ao GLOBO, o ex-presidente do Inep Alexandre Lopes afirmou não saber como será feita a edição 2021 do exame, e acredita, inclusive, que há chances de adiamento da prova para 2022. “O orçamento para o Enem [2020] era cerca de R$ 200 milhões e o Enem custa cerca de R$ 700 milhões. Ao contrário da covardia e da incompetência do ministro Milton Ribeiro, se eu fosse (igual a) ele, ano passado não tinha Enem. Tive que conseguir um valor extra por causa da Covid. Se ele for seguir o Orçamento desse ano, são R$ 200 milhões para o Enem, não tem exame por esse orçamento”, disse ao jornal.

Segundo Lopes, o atual ministro da Educação foi “totalmente omisso” na realização do Enem 2020. O ex-presidente considera a atuação do ministro “covarde” durante o planejamento e a execução do exame em meio à pandemia. A edição de 2020 do Enem teve o recorde de maior índice de abstenção na história do exame, com mais da metade dos candidatos não comparecendo no dia da prova. Em números, a versão impressa teve 5.523.029 inscritos e 51,5% de ausentes, mais que o dobro do ano anterior.

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