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Enem: coordenador da prova pede demissão do cargo

Anderson Oliveira se posicionava em defesa da autonomia dos servidores e se mostrava contra interferências externas nas questões do Enem

Por Juliana Morales
Atualizado em 26 jan 2022, 14h45 - Publicado em 26 jan 2022, 14h41
Entrada do prédio do Inep
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação. (Pinterest/Divulgação)
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O diretor de Avaliação da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Anderson Soares Furtado Oliveira, pediu exoneração do cargo. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial da União. Furtado ficou à frente da coordenação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos últimos oito meses.

Em seu pedido de demissão, Oliveira afirmou que o motivo de deixar o cargo é “exclusivamente de ordem pessoal”. Segundo a reportagem do jornal O GLOBO, o servidor estava tentando deixar o cargo há algum tempo por conta de embates com o alto comando do Inep, incluindo o presidente do órgão, Danilo Dupas. No ano passado, Oliveira se posicionou em defesa da autonomia dos servidores e contra a interferência externas nas questões do Enem, contrariando a presidência.

+ Enem: banco de questões não será suficiente para 2022, alertam servidores

No documento que o GLOBO teve acesso, Oliveira também prestou contas à cúpula do órgão, que teria insinuado ausência de ações concretas no departamento que ele chefiava. O servidor listou 18 entregas feitas no ano passado pela equipe, com o destaque na elaboração de um projeto de inteligência artificial aplicada à avaliação educacional. A proposta visava soluções em correção de redações e revisão de itens.

Agora, Oliveira irá integrar a Secretaria de Educação do Estado do Paraná (PR). Para substituí-lo, o governo nomeou Michele Cristina Silva Melo, aliada do Ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ela já fazia parte do Inep, mas até então como diretora de Estudos Educacionais.

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Mais demissões

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Na semana passada, após o fim da aplicação do Enem 2021, o governo exonerou Alexandre Avelino Pereira do cargo de diretor de gestão e planejamento do Inep. A decisão foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e publicada no “Diário Oficial da União”  do dia 19 de janeiro. Pereira também estava no grupo dos servidores que foram contra os planos da cúpula de terceirizar o banco de itens das provas.

Na mesma semana, também foram exonerados três coordenadores que haviam renunciado em novembro. São eles: Marcela Guimarães Côrtes, coordenadora-geral da Gestão de Pessoas; Hélio Junio Rocha Morais, coordenador-geral de Logística da Aplicação; e Andréia Santos Gonçalves, coordenadora-geral do Desenvolvimento da Aplicação.

Crise do Inep

Em novembro, nas vésperas do Enem 2021, mais de 30 funcionários do Inep pediram exoneração coletiva. A maioria dos que assinaram a carta de demissão eram coordenadores do órgão. Na ocasião, os servidores denunciaram assédio moral, desmonte do órgão e tentativa de interferência ideológica na elaboração do Enem.

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Segundo documentos obtidos com exclusividade pela revista VEJA na época, “a presidência exercida por Dupas e algumas diretorias subordinadas a ele têm imposto mudanças no quadro de funcionários sem consulta e vetado transferências que já haviam sido acertadas previamente entre quadros do Inep e suas chefias diretas”.

Apesar da preocupação com o funcionamento do Enem diante da debandada de demissões, o exame ocorreu normalmente. Mas as movimentações na equipe do órgão devem continuar, como mostrou as exonerações nas últimas semanas.

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