O Ministério da Educação anunciou neste domingo (11) uma mudança no cálculo das notas de corte dos cursos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e como consequência, na classificação parcial dos candidatos. Com a decisão, o sistema passa a funcionar como nas edições anteriores às de 2020.
⚠️ SISU ⚠️
Nota de corte do Sisu voltará a ser gerada como era antes das edições de 2020.
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— Ministério da Educação (@MEC_Comunicacao) April 11, 2021
Na sexta-feira, o MEC já havia decidido ampliar o prazo para inscrição no programa até a próxima quarta-feira (14), mas não havia explicado a alteração nem tinha mencionado os critérios do sistema, que já vinham sendo questionados e criticados desde a primeira edição de 2020.
Na prática, a decisão do MEC acaba com a classificação dupla, que considerava a nota dos candidatos parcialmente classificados no curso de primeira opção para calcular a nota de corte do curso de segunda opção. Isso acabava inflando a nota de corte de alguns cursos e dificultando a decisão dos estudantes nas inscrições.
Em nota divulgada neste domingo, o MEC esclarece como vai funcionar o sistema: “de zero hora até uma hora de terça-feira (13) o sistema fará o processamento e a apresentação do primeiro ranqueamento das inscrições nesse formato; o segundo momento ocorrerá de zero hora até uma hora de quarta-feira (14)”. Com isso, os candidatos terão os dois últimos dias de inscrição, terça e quarta, para fazer e refazer suas opções. É bom lembrar que o estudante pode alterar suas escolhas a qualquer momento até o prazo final do Sisu, que considera a última seleção.
O MEC, apesar da mudança, defendeu o sistema que foi usado nas duas edições de 2020 e estava em vigência na primeira edição de 2021 até agora. “Em nenhum momento isso configurou erro ou desvirtuamento na divulgação das notas de corte, já que ambas as formas de geração e apresentação desses dados estão em total acordo com as regras que regem os processos seletivos do Sisu, desde 2012, conforme a Portaria Normativa MEC nº 21/2012″, diz a nota.
Segundo o ministério, o formato havia sido alterado para “demonstrar a integralidade das notas de todos os candidatos, independentemente da situação de classificação na primeira opção de curso” e não promoveria a ocupação indevida de vagas no Sisu. No entanto, a Pasta admite que a alteração indica aos candidatos “informações que permitam ampliar as chances de ingressar na educação superior e se graduar em uma das 109 instituições públicas de ensino superior com ofertas de vagas nesta edição do Sisu”.
Nesta edição do Sisu são ofertadas a 206.609 vagas para 5.571 cursos de graduação, distribuídos em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal.