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Estudo

10 genocídios do século 20

Em 1944, o jurista Raphael Lemkin acrescentou um novo termo aos dicionários: genocídio, o assassinato de um povo inteiro

Por Natália Becattini
Atualizado em 5 jul 2019, 18h14 - Publicado em 9 abr 2014, 15h15

Em 1944, o jurista Raphael Lemkin acrescentou um novo termo aos dicionários: genocídio, o assassinato de um povo inteiro. Uma história triste, que se repetiu bastante no século 20. — 1/14 Em 1944, o jurista Raphael Lemkin acrescentou um novo termo aos dicionários: genocídio, o assassinato de um povo inteiro. Uma história triste, que se repetiu bastante no século 20. ()

Há 20 anos ocorreu o genocídio de Ruanda, quando hutus exterminaram tutsis (e centenas de hutus que não toparam participar da barbárie). Em 100 dias de massacre, 800 mil pessoas foram mortas, a maioria a golpes de facão. A ONU e os países desenvolvidos nada fizeram para impedir o massacre. (Foto: Wikimedia Commons) — 2/14 Há 20 anos ocorreu o genocídio de Ruanda, quando hutus exterminaram tutsis (e centenas de hutus que não toparam participar da barbárie). Em 100 dias de massacre, 800 mil pessoas foram mortas, a maioria a golpes de facão. A ONU e os países desenvolvidos nada fizeram para impedir o massacre. (Foto: Wikimedia Commons) ()

A região da África onde hoje fica a Namíbia presenciou o primeiro genocídio do século 20, entre 1904 e 1907 (e quando o termo que descreve esse crime contra a humanidade nem existia ainda). Na época essa área era colonizada pela Alemanha. (Foto: Wikimedia Commons) — 3/14 A região da África onde hoje fica a Namíbia presenciou o primeiro genocídio do século 20, entre 1904 e 1907 (e quando o termo que descreve esse crime contra a humanidade nem existia ainda). Na época essa área era colonizada pela Alemanha. (Foto: Wikimedia Commons) ()

Em 1904, os Hererós, um povo tribal que até hoje habita o sul da África, se revoltaram contra a colonização alemã. A resposta dos colonizadores foi forte: os hererós foram enviados para campos de concentração e mortos. Estima-se que 65 mil hererós - o equivalente a 80% da população - tenham sido assassinados. (Foto: Wikimedia Commons) — 4/14 Em 1904, os Hererós, um povo tribal que até hoje habita o sul da África, se revoltaram contra a colonização alemã. A resposta dos colonizadores foi forte: os hererós foram enviados para campos de concentração e mortos. Estima-se que 65 mil hererós - o equivalente a 80% da população - tenham sido assassinados. (Foto: Wikimedia Commons) ()

Uma das estratégias usadas pelos alemães era expulsar os africanos para o deserto e, ao mesmo tempo, envenenar os poços dágua. Depois da revolta dos hererós foi a vez dos namaquas se rebelarem, com consequências parecidas: 10 mil pessoas foram mortas. A ONU reconheceu o genocídio só em 1985, enquanto a Alemanha só pediu desculpas em 2004. (Foto: Wikimedia Commons) — 5/14 Uma das estratégias usadas pelos alemães era expulsar os africanos para o deserto e, ao mesmo tempo, envenenar os poços dágua. Depois da revolta dos hererós foi a vez dos namaquas se rebelarem, com consequências parecidas: 10 mil pessoas foram mortas. A ONU reconheceu o genocídio só em 1985, enquanto a Alemanha só pediu desculpas em 2004. (Foto: Wikimedia Commons) ()

Dois milhões de vítimas. Esse é o saldo total do genocídio que ocorreu na Turquia, entre 1915 e 1917. Desses, 1,5 milhão foram assassinados, enquanto 500 mil pessoas foram deportadas. O autor do crime? O Império Otomano, hoje Turquia, que ainda nega o massacre. (Foto: Wikimedia Commons) — 6/14 Dois milhões de vítimas. Esse é o saldo total do genocídio que ocorreu na Turquia, entre 1915 e 1917. Desses, 1,5 milhão foram assassinados, enquanto 500 mil pessoas foram deportadas. O autor do crime? O Império Otomano, hoje Turquia, que ainda nega o massacre. (Foto: Wikimedia Commons) ()

Os armênios eram expulsos de suas casas e guiados até um deserto, onde os sobreviventes eram deixados para morrer. Durante o percurso, eram mortos, roubados e as mulheres eram estupradas. (Foto: Wikimedia Commons) — 7/14 Os armênios eram expulsos de suas casas e guiados até um deserto, onde os sobreviventes eram deixados para morrer. Durante o percurso, eram mortos, roubados e as mulheres eram estupradas. (Foto: Wikimedia Commons) ()

Quando o assunto é genocídio, ninguém foi pior do que Hitler. Com a conivência (e ajuda) de grande parte da população alemã, Hitler tentou eliminar da Europa vários povos. (Foto: Wikimedia Commons) — 8/14 Quando o assunto é genocídio, ninguém foi pior do que Hitler. Com a conivência (e ajuda) de grande parte da população alemã, Hitler tentou eliminar da Europa vários povos. (Foto: Wikimedia Commons) ()

As vítimas mais lembradas desse genocídio são os judeus - seis milhões deles foram mortos pelos nazistas, massacre cruel e com lógica industrial. Mas o nazismo teve também outros povos como alvo. (Foto: Wikimedia Commons) — 9/14 As vítimas mais lembradas desse genocídio são os judeus - seis milhões deles foram mortos pelos nazistas, massacre cruel e com lógica industrial. Mas o nazismo teve também outros povos como alvo. (Foto: Wikimedia Commons) (Arquivo/Guia do Estudante)

Matem, sem piedade ou misericórdia, todos os homens, mulheres e crianças de origem polonesa, declarou Hitler, em 1939. O número de poloneses mortos também chegou a seis milhões. Cerca de metade não era de origem judia - poloneses católicos (e de outras religiões) também foram mortos. (Foto: Wikimedia Commons — 10/14 Matem, sem piedade ou misericórdia, todos os homens, mulheres e crianças de origem polonesa, declarou Hitler, em 1939. O número de poloneses mortos também chegou a seis milhões. Cerca de metade não era de origem judia - poloneses católicos (e de outras religiões) também foram mortos. (Foto: Wikimedia Commons ()

Depois dos judeus e dos poloneses, talvez nenhum outro povo tenha sofrido tanto com Hitler como os ciganos. O número de mortos varia entre 200 mil e 1,5 milhão, segundo historiadores. (Foto: Wikimedia Commons) — 11/14 Depois dos judeus e dos poloneses, talvez nenhum outro povo tenha sofrido tanto com Hitler como os ciganos. O número de mortos varia entre 200 mil e 1,5 milhão, segundo historiadores. (Foto: Wikimedia Commons) ()

Se engana quem pensa que os problemas entre Ucrânia e Rússia começaram agora. Entre 1932 e 1933, soviéticos massacraram ucranianos. O fato tem até nome: holodomor. A fome foi a principal arma usada para eliminar o povo, mas também houve assassinatos e prisões. — 12/14 Se engana quem pensa que os problemas entre Ucrânia e Rússia começaram agora. Entre 1932 e 1933, soviéticos massacraram ucranianos. O fato tem até nome: holodomor. A fome foi a principal arma usada para eliminar o povo, mas também houve assassinatos e prisões. ()

O século 20 estava acabando quando 200 mil bósnios foram mortos, na maioria muçulmanos que eram discriminados por causa da religião. Cerca de 40 mil mulheres bósnias foram estupradas. As atrocidades cometidas por milícias e pelo exército da Sérvia só acabaram em 1995. — 13/14 O século 20 estava acabando quando 200 mil bósnios foram mortos, na maioria muçulmanos que eram discriminados por causa da religião. Cerca de 40 mil mulheres bósnias foram estupradas. As atrocidades cometidas por milícias e pelo exército da Sérvia só acabaram em 1995. ()

Poucos líderes comunistas foram mais violentos do que Pol Pot, que governou o Camboja entre 1975 e 1979. Durante o período, ¼ da população do país morreu. Chineses foram proibidos de viver no país, muçulmanos eram obrigados a comer carne de porco e os vietnamitas foram exterminados. — 14/14 Poucos líderes comunistas foram mais violentos do que Pol Pot, que governou o Camboja entre 1975 e 1979. Durante o período, ¼ da população do país morreu. Chineses foram proibidos de viver no país, muçulmanos eram obrigados a comer carne de porco e os vietnamitas foram exterminados. ()

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Em 1944, o jurista Raphael Lemkin acrescentou um novo termo aos dicionários: genocídio, o assassinato de um povo inteiro

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