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4 práticas para você se tornar um aluno mais eficiente

A pergunta pode até soar nonsense, mas aqui vai: você sabe estudar? A youtuber Susane Ribeiro fala sobre como aprender mais em menos tempo

Por Juliana Morales
7 out 2021, 11h53
mesa de estudos
 (DragonImages/iStock)
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Para ser aprovada no concorrido vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Susane Ribeiro precisou aprender a estudar. Parou de tentar seguir à risca todas as orientações que recebia e começou a analisar o que, de fato, dava certo para ela. Foi assim que conseguiu a tão sonhada vaga. Mais tarde, já formada em Engenharia Aeronáutica, foi aprovada em Medicina na USP e na Unicamp.

Atualmente, por meio do seu canal no Youtube, ela auxilia pessoas a encontrarem a forma estratégica de estudar, com o intuito de aprenderem mais em menos tempo. O GUIA bateu um papo com a youtuber e separou quatro práticas que vão te ajudar a se tornar um estudante mais eficiente em sala de aula também. Confira!

1. Conhecimento das técnicas de estudo

“Quando preciso ir a um lugar desconhecido, eu sento e olho com calma um aplicativo de mapas e rotas antes de sair. Por mais que seja corrido, uso esse tempo para entender o melhor caminho. E, no fim, não erro e acabo economizando tempo. Isso também se aplica à preparação para o vestibular”, aponta Susane.

Isto significa que é muito interessante que o aluno crie sua própria rota de estudos. Nada de ficar preso nas “receitas de bolo”, ou seja, naquilo que um determinado curso ou seus colegas acham melhor. A ideia é entender quais técnicas de estudo mais se encaixam na sua realidade e no seu modo de aprender.

“Muitas vezes, assistir aulas enormes, fazer muitos resumos e resolver a lista inteira de exercícios de uma vez não é produtivo, como muitos pensam. Precisa ser estratégico”, alerta Susane. Por isso, reserve um tempo para estudar como estudar.

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2. Elaboração de perguntas

Você anota perguntas enquanto estuda? Esse é um hábito interessante. Crie perguntas sobre o que você está lendo ou o que o professor está falando na aula. Questione como esse novo assunto se relaciona com outros que você viu anteriormente, quais as diferenças e semelhanças.

“Mesmo se o estudante decidir não fazer indagação em voz alta, é bom que anote. Ao criar perguntas, a gente se aprofunda no assunto e isso ajuda até a fixar melhor. Além disso, resolver essas perguntas em outro momento vai ser uma forma simples de estudar”, sugere Susane.

Aliás, a hora da revisão pode ser um momento proveitoso para olhar com atenção para os questionamentos anotados ao longo do ano. Confira mais dicas sobre a revisão para o vestibular e saiba quando começar nesta reportagem do GUIA.

3. Estudo prévio

Para Susane, a melhor forma de usar a aula é para entender a ideia geral de determinado assunto tratado. Para facilitar o entendimento dessa ideia geral, antes mesmo da aula, o estudante pode olhar no cronograma e buscar nas apostilas e livros usados quais são os principais tópicos do próximo assunto que o professor apresentará. “Assim, o estudante vai entender o esquema do assunto antes da aula e já vai montando o quebra-cabeça da matéria”, diz.

Em resumo, o estudo prévio vai contextualizar o aluno antes da aula. Durante a explicação do professor, ele capta a ideia geral do assunto e, no pós-aula, entende os detalhes e aplicações por meio dos exercícios.

4. Anotações

Susane alerta que muitos alunos deixam de aproveitar o tempo das aulas, ficando como meros telespectadores. Depois, acabam presos em grandes resumos para lembrar do conteúdo. Ela indica, então, que estudantes não deixem de fazer anotações durante a aula. “Anotar vai deixar o estudo super ativo, aumentando o foco e evitando o tédio que pode aparecer depois de um tempo na sala”, afirma.

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Ela explica que as anotações não precisam de grandes caprichos, trata-se de uma espécie de rascunho mesmo. É um momento para dividir, categorizar e destacar informações sobre o assunto que está sendo apresentado.

Por outro lado, métodos para organizar melhor as anotações podem trazer muitos benefícios, inclusive na memorização. Cada tipo vai ter uma aplicação diferente, que encaixa mais ou menos em determinada disciplina. Por isso, é importante que o estudante conheça as opções de técnicas de anotação e faça testes.

Um dos mais conhecidos são os mapas mentais. A partir de uma ideia central é montado um diagrama. Ai o estudante pode usar também mais recursos como setas, formas geométricas, cores, imagens e desenhos.

“Em Física, por exemplo, você pode fazer alguns desenhos (que não precisam ser bonitos, tá?) e esquemas para entender o que acontece em um fenômeno”, observa Susane.

Mapa mental da degradação do solo
Exemplo de mapa mental (Pinterest/Reprodução)
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Outro método destacado pela especialista é o Cornell, muito útil principalmente para as disciplinas de Humanas. “Você pega um folha de papel  e escreve em uma coluna no lado esquerdo perguntas diretas como: o que?,  por quê?, como?. “Do lado direito, você vai respondê-las”, explica.

Um exemplo, na prática: em um aula de História, na qual os alunos estão vendo um evento histórico importante, poderiam questionar “o que aconteceu?”, “por quê?”, “quem estava envolvido?” e “quais eram as motivações?”.

Mais uma dica: fuja do overlearning

Você já estudou bastante um assunto, foi para os exercícios, começou a acertar tudo, mas continuou até terminar a lista por mais enorme que ela fosse? É bem comum, às vezes, o estudante pensar que não aprendeu tudo, mesmo estudando em excesso. Susane diz que é preciso evitar o overlearning – o “sobreaprender” na tradução para o português. O termo refere-se ao estudo em excesso: fixar no conteúdo, mesmo depois te ter adquirido grande domínio.

Nesses casos, o candidato acaba gastando tempo fazendo mais e mais exercícios que não vão gerar, necessariamente, maior retenção do conteúdo. Susane recomenda, então, que os estudantes busquem distribuir seus estudos e intercalar os assuntos. Saiba mais no vídeo a seguir.

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