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7 livros para entender melhor o movimento feminista

As obras são verdadeiras aulas sobre os desafios que mulheres enfrentam no dia a dia e como são enxergadas na sociedade

Por Julia Di Spagna
31 dez 2020, 06h00
Marcha das Mulheres Negras contra o racismo, a violência e pelo bem viver
 (Tiago Zenero/PNUD Brasil/Flickr/Reprodução)
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Já explicamos aqui no GUIA qual a origem e os principais aspectos do movimento feminista. E, a essa altura, todos sabem que é fundamental para garantir direitos às mulheres, promover equidade entre gêneros e uma sociedade mais justa. Mas, se você quer entender melhor o tema ou adora o assunto e deseja se aprofundar, temos a lista ideal.

Separamos sete livros para você saber mais sobre os desafios enfrentados por mulheres a partir de conceitos, vivências e histórias. Confira:

1 – Quem Tem Medo do Feminismo Negro?, de Djamila Ribeiro

O livro é um ensaio autobiográfico que também reúne uma seleção de artigos publicados pela filósofa no blog da revista Carta Capital entre 2014 e 2017. A autora relata acontecimentos da infância e da adolescência para discutir o que chama de silenciamento, um processo de apagamento da personalidade resultado da discriminação. 

Os textos também abordam o aumento da intolerância às religiões de matriz africana e os ataques a celebridades e jornalistas pretos, como Maria Júlia Coutinho, da TV Globo. Nesse contexto, ela explora a questão do empoderamento feminino e discute obras de autoras que são referência no feminismo, como Simone de Beauvoir. 

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2 – O Mito da Beleza, de Naomi Wolf

Na obra, a jornalista Naomi Wolf explora os impactos do culto à beleza e à juventude da mulher, e como eles se tornam um mecanismo de controle social e afastam a sociedade dos ideais feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970. 

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A autora tenta mostrar a função opressora do mito da beleza e como isso se dá na mídia, no trabalho, em situações cotidianas e nas relações interpessoais. Ela também questiona a indústria da beleza, aborda temas como distúrbios alimentares e mentais, e desenvolvimento da indústria da cirurgia plástica e da pornografia. 

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3 – Mulheres Que Correm Com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés

Nesse clássico dos estudos sobre o sagrado feminino e o feminismo, a analista junguiana Clarissa Pinkola Estés investiga o apagamento da natureza instintiva feminina e a sensação de impotência da mulher moderna. A partir de 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza da mulher foi domesticada ao longo dos tempos, em um processo que punia todas aquelas que se rebelavam. 

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4 – Mulheres, Raça e Classe, de Angela Davis

Essa é considerada uma das obras mais importantes de Angela Davis, professora e filósofa que integrou o movimento dos Panteras Negras nos EUA. O livro faz um panorama histórico e crítico das relações entre capitalismo, feminismo, representatividade, racismo e escravidão, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. 

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5 – Para Educar Crianças Feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie

Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, a obra traz 15 sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. São conselhos simples de como oferecer uma formação baseada na igualdade de direitos e oportunidades entre gêneros. 

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6 – Calibã e a Bruxa, de Silvia Federici

Essa obra investiga as circunstâncias históricas em que a perseguição às bruxas se desenvolveu e as razões pelas quais o surgimento do capitalismo coincidiu com um ataque genocida contra as mulheres. Para isso, a autora analisa o contexto das crises europeias dos séculos XVI e XVII e o desenvolvimento contemporâneo de uma nova divisão sexual do trabalho. 

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7 – A Guerra Não Tem Rosto de Mulher, de Svetlana Aleksiévitch

Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas suas histórias nunca foram contadas. Afinal, a história das guerras costuma partir do ponto de vista masculino: soldados e generais, tiranos e libertadores. Mas se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente. Svetlana Aleksiévitch apresenta as memórias dessas mulheres, que enfrentaram frio, fome, violência sexual e o medo constante da morte. 

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