A pandemia do novo coronavírus tem despertado muito pânico pelo mundo. A doença impôs uma nova realidade a milhões de pessoas, assusta pela rapidez de contaminação e pelos índices de mortalidade nos países. Embora seja uma situação delicada, infelizmente não é a primeira vez que a humanidade encara uma pandemia.
Em outros momentos, vírus e bactérias já abalaram todos os continentes e mudaram hábitos da sociedade. Para você ficar por dentro do assunto, separamos as 8 maiores pandemias de que se tem notícia. Confira:
Gripe Espanhola
A gripe espanhola não recebeu esse nome porque a Espanha foi o país mais atingido pela pandemia, mas porque ela falou abertamente da doença. Por ser um país neutro na Primeira Guerra, que estava em andamento, a imprensa falava mais da pandemia, sem pressão do governo para evitar mencionar um vírus mortal que poderia afetar o moral da população. Causada por uma variação do vírus Influenza, a gripe atingiu a população em 1918 e permaneceu até 1920.
Estima-se que 50 milhões de pessoas tenham morrido, enquanto um quarto da população mundial foi infectada (cerca de 500 milhões de pessoas). No Brasil, mais de 30 mil pessoas morreram, incluindo Rodrigues Alves, em 1919, que havia sido eleito presidente pela segunda vez (não consecutiva).
Peste Bubônica (Peste Negra)
Entre 1343 e 1353, durante a Idade Média, estima-se que um terço da população europeia tenha morrido por conta da peste bubônica. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis e se dissemina pelo contato com pulgas e roedores infectados. Os sintomas são parecidos com uma gripe forte, com febre, calafrios e dores musculares, mas além disso os infectados apresentam inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, nas axilas ou no pescoço. Alguns dos grandes agravantes da disseminação da doença foram questões de higiene e saneamento da região na época.
Varíola
Causada pelo vírus Orthopoxvirus variolae, transmitido de pessoa para pessoa pelas vias respiratórias, a varíola apresentou diversos surtos ao longo da história. Entre 1896 e 1980, cerca de 300 milhões de pessoas morreram por causa da doença. No ano de 1980, a doença foi erradicada após uma forte campanha de vacinação. Os sintomas eram febre, dores no corpo e erupções na pele.
Tifo
Com um contexto parecido com o de disseminação da peste bubônica, o tifo matou mais de 3 milhões de pessoas após a Primeira Guerra Mundial, entre 1918 e 1922. A rede de saneamento estava altamente prejudicada e isso impulsionou a transmissão, que também ocorria por meio de pulgas que tiveram contato com ratos infectados, mas, aqui, pela bactéria Rickettsia prowazekii. Os sintomas eram dor de cabeça e nas articulações, febre alta, delírios e erupções cutâneas hemorrágicas.
Cólera
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 28 mil a 142 mil pessoas morram por causa da doença todos os anos. Transmitida pelo consumo de água ou de alimentos contaminados, a doença afeta mais países subdesenvolvidos pela precariedade dos sistemas de saneamento.
A bactéria da cólera, Vibrio cholerae, libera uma toxina que provoca diarreia intensa e a pessoa infectada pode acabar morrendo por desidratação. Essa bactéria já sofreu diversas mutações e causa novos surtos de tempos em tempos.
Tuberculose
O surto de tuberculose durou 100 anos, de 1850 a 1950. Hoje, apesar da doença ser considerada controlada, ela ainda afeta regiões mais pobres do planeta. Acredita-se que mais de 1 bilhão de pessoas tenham morrido da doença e, segundo a OMS, é a doença infecciosa que mais mata no mundo.
Causada por uma bactéria, o Bacilo de Koch, a tuberculose só passou a ser tratada após a descoberta da penicilina, por Alexander Fleming, em 1928.
Afetando o sistema respiratório, o sintoma mais grave é a insuficiência respiratória. Pessoas infectadas apresentam crises de tosse aguda com sangue e pus.
HIV
Com o início do surto na década de 1980, a aids, sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença causada pelo vírus HIV. Desde então, estima-se que mais de 20 milhões de pessoas morreram por complicações da doença.
O vírus prejudica o sistema imunológico dos infectados atacando linfócitos fundamentais para as defesas do organismo. Existem duas prevenções para o HIV: camisinha e profilaxia pré-exposição (o PrEP). Até hoje nenhuma cura para a doença foi encontrada.
Gripe Suína (H1N1)
Com sintomas como febre, tosse, dor de garganta, calafrios e dores no corpo, a gripe suína recebeu esse nome porque foi identificada em porcos, em 2009, no México. Causada pelo vírus Influenza e transmitida por gotículas respiratórias no ar ou por superfícies contaminadas, a doença também conhecida por H1N1 se espalhou rapidamente pelo mundo e matou mais de 18 mil pessoas.
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