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Alunos e professores dizem que primeira fase da Unesp foi bem feita, mas sem novidades prometidas

Vestibular foi realizado ontem. 76,5 mil pessoas disputam 6.394 vagas; 28 mil candidatos devem ser convocados para a segunda fase

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h51 - Publicado em 9 nov 2009, 15h59

por Paulo Gama

A prova da primeira fase do vestibular da Universidade Estadual Paulista (Unesp) foi bem elaborada e apresentou um nível médio de dificuldade, segundo o professor Nicolau Marmo, coordenador do curso Anglo. “Foi uma boa prova que vai conseguir selecionar os candidatos mais bem preparados para ingressar na universidade”, comentou.

No entanto, a principal crítica, tanto de estudantes quanto do professor, foi direcionada ao tempo destinado à resolução das questões, de quatro horas. “Foi um pouco apertado”, disse Gabriela Felix da Silva, de 19 anos, candidata a uma vaga no curso de Jornalismo em Bauru. Para Marmo, a prova deveria ter tido, no mínimo, meia hora a mais.

Apesar da nova divisão do exame anunciada pela organização, o professor diz que os vestibulandos não devem ter sentido diferença na hora de fazer a prova. “No final das contas, apareceram questões das oito disciplinas, como de costume. Nada de educação física ou filosofia – como prometido – foi cobrado”.

Gabriela, que achou a prova “um pouco mais fácil do que a do ano passado”, concorda com Marmo no que diz respeito às novidades no exame. “Falaram que várias mudanças iam aparecer, mas não percebi nada”, disse.

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PORTUGUÊS
Segundo Marmo, o ponto alto foi a prova de português, “nota 10”, que, apesar de não ter sido muito difícil, trouxe textos “bem escolhidos” e foi elaborada com “bastante competência”.

O ponto negativo foi a prova de matemática. “Ela exigiu conteúdos que não devem ser cobrados em uma prova de conhecimentos gerais, como números complexos ou curvas cônicas ou elipses. Eles são mais indicados a provas específicas. Erraram a mão”, afirmou o professor. Outro ponto comentado por ele foi a ausência de questões de química orgânica, que “desequilibrou” a prova.

Otávio Marçal, de 17 anos, que concorre a uma vaga no curso de Matemática, em Rio Claro, concorda com a análise do professor. “Foi uma prova desproporcional, já que a prova de linguagens e códigos se assemelhou ao Enem na facilidade, enquanto você precisava ser um especialista para conseguir fazer as questões da área de exatas”, disse.

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Um ponto elogiado, tanto pelo professor quanto pelos alunos, foi a impressão colorida, que facilitou a interpretação de mapas, gráficos e tabelas. “A clareza é tudo em geografia, o investimento valeu”, disse Marmo.

Gabriela comentou, ainda, o fato de ter feito a prova sem saber se a nota do Enem contaria ou não no resultado final. “Foi horrível, eles deviam ter anunciado logo. Desse jeito a gente vai meio inseguro sem saber como nossa nota vai ser composta”, disse.

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