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Como cai na prova: Revolução Russa e União Soviética

Veja qual a melhor forma de estudar o conteúdo que é bastante cobrado no Enem e outros processos seletivos

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 out 2019, 15h22 - Publicado em 5 abr 2018, 15h40
Ilustração com soldados e civis russos carregando cartazes pedindo liberdade e industrialização
Ilustração com soldados e civis clamando por liberdade e industrialização (Hulton Archive/Getty Images)
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A partir da radical transição de um regime czarista para uma forma de governo socialista, a Rússia passou por uma profunda transformação no último século. Desse movimento, surgiu a União Soviética e a polarização global entre o sistema econômico praticado pelo país e o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos. O tema pode ganhar destaque nos vestibulares e no Enem, por isso é importante que o estudante fique atento às características centrais desse processo.

Revolução russa

A revolução russa, em 1917, foi motivada diretamente pela Primeira Guerra Mundial e teve duas fases: a menchevique, com um caráter mais burguês, e a bolchevique, em outubro daquele ano, com maior participação popular.

“O aluno tem que saber identificar e diferenciar essas duas etapas, quais grupos tiveram destaque em cada uma delas e, claro, como a guerra anterior foi um estopim para as mudanças na Rússia”, aponta o professor de História do Colégio Vértice, Leandro Burgallo Paim.

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A comparação entre o processo revolucionário russo e o francês, em 1789, também é um assunto recorrente em questões de vestibulares. O professor destaca que, assim como na França, a primeira fase do levante russo foi responsável por destruir os resquícios do antigo regime, centrado em um monarca.

“Embora sejam semelhantes, o aluno deve lembrar que o processo francês se encerrou na versão burguesa, enquanto a Rússia foi adiante e o movimento assumiu um aspecto mais proletário”, observa.

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União Soviética

Ao estudar o assunto para as provas, o candidato notará que, ainda que Josef Stalin tenha liderado a URSS de 1922 a 1953, ele não estava no poder durante a formação do estado socialista e adotou posturas diferentes do principal fundador da União Soviética, e seu antecessor, Vladmir Lenin.

As disputas internas pelo controle do estado, entre Stalin e Leon Trotsky, após a morte de Lenin, em 1924, podem orientar algumas questões. “O aluno tem que saber reconhecer como o regime stalinista reestruturou a economia russa e promoveu tanto a atividade agrícola quanto o avanço industrial”, diz Leandro.

Também podem aparecer problemas que tratem do papel da URSS na Segunda Guerra Mundial e na Guerra Fria, já que a nação foi uma das duas protagonistas do conflito que teve início em 1945 e se arrastou até 1991, com a desestruturação da União Soviética.

O contexto geopolítico que trata do fim da união está relacionado também à Geografia. É importante que o estudante saiba como essa transição ocorreu, com destaque para a glasnost e a perestroika, conjunto de medidas políticas e econômicas tomadas por Mikhail Gorbachev para reorganizar o estado russo.  

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Tipos de questões

Na visão do professor de História, tanto os vestibulares quanto o Enem priorizam questões com enunciados de referência, inclusive com trechos de discursos dos chefes de estado da União Soviética. “As provas estão evitando as questões diretas com enunciado curto enfoque conteudista. A partir de um texto base, o aluno vai precisar contextualizar, interpretar, ver o que é mais condizente com a questão em função dos conteúdos que foram trabalhados ao longo do ensino médio”, observa.

Como cai na prova: Revolução Russa e União Soviética
Enem 2011. Gabarito ao final da página (Enem/Reprodução)

Em perguntas que tratam da Guerra Fria ou da Segunda Guerra Mundial, o estudante pode ter que analisar mapas ou ainda caricaturas, charges e imagens da época, que foram produzidas em diálogo com o movimento revolucionário que tomou a Rússia em 1917.

Como cai na prova: Revolução Russa e União Soviética
Enem 2012. Gabarito ao final da página (Enem/Reprodução)
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Enem 2006. Veja o gabarito no final da página. (Enem/Reprodução)

Leandro ainda destaca que o estudante precisa ser um atento “leitor de mundo” para conseguir identificar qual alternativa está diretamente relacionada ao enunciado. Ele lembra que o diálogo entre o processo russo e as lutas revolucionárias da sociedade atual pode ser material tanto de questões das provas de História e Geografia quanto referência para as redações.

Estudar a revolução russa e a União Soviética ajuda o aluno a formar uma importante bagagem cultural e acadêmica para poder compreender grande parte dos conflitos contemporâneos, como a situação da Coreia do Norte e o comunismo pelo mundo”, frisa.

Gabarito

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