Autoconfiança e objetividade são algumas das recomendações
por Morena Madureira
A maioria dos vestibulandos nem pensa nisso, mas para muitos candidatos, além do fantasma da prova de conhecimentos gerais há ainda mais um motivo para roer as unhas antes de garantir uma vaga em uma universidade: a prova de habilidades específicas. Entre os dias 3 e 11 de dezembro, a Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp) aplicará as provas para os candidatos a vagas em Arquitetura e Urbanismo, Design, Música (nas diversas habilitações) e nos cursos de Artes oferecidos (Artes Visuais, Teatro e Educação Artística).– Guia de Profissões: Arquitetura e Urbanismo– Guia de Profissões: Desenho Industrial– Guia de Profissões: Música– Guia de Profissões: Artes
No Manual do Candidato da Unesp, os estudantes são orientados a respeito do que lhes será cobrado na prova. Os exames dos cursos de Design, Arquitetura e Urbanismo e Educação Artística são semelhantes, divididos em duas partes: uma envolvendo reprodução de um objeto e a outra, criação. As provas de Música dependem da área escolhida, mas basicamente exigem que o aluno demonstre domínio do instrumento no qual pretende se graduar e/ou noções de teoria e percepção musicais. Já para Teatro, a prova é escrita, baseada na análise de textos e peças propostos e Artes Visuais tem tanto questões teóricas – ligadas à História da Arte – quanto práticas.
“Lembro que achei a prova meio que um tiro no escuro, não era muito fácil nem difícil. O difícil mesmo é avaliar uma prova como essa pela subjetividade que o tema das perguntas implica”, relata Ana Luiza Guarnieri Christ, formada em Educação Artística pela Unesp. Apesar de não ter feito desenho de observação, que atualmente é cobrado dos candidatos, para Ana Luiza, hoje professora de Artes para o ensino fundamental, a dica para quem não domina técnicas de desenho é “ser bastante criativo nas resoluções”.
Para Carlos Dias, que cursa o primeiro ano de Design na Unesp, o nervosismo gerado pela prova se explica em grande medida pelo fato de que a maioria dos cursinhos não oferece simulados para o exame. “Em 2008, foi a terceira vez que eu prestei o vestibular e somente dessa vez eu estava tranquilo, por causa da experiência adquirida e também por acreditar que eu tinha ‘desenho suficiente’ para passar”, explica. Como dicas para quem vai tentar uma vaga neste ano, Carlos destaca a importância da objetividade e da auto-confiança. E acrescenta: “Não adianta acabar rapidamente e entregar de qualquer jeito ou então fazer muito bem feito e chegar o fim do exame com apenas 10% do desenho concluído”, recomenda.
De acordo Alberto Francisco do Nascimento, coordenador de vestibulares do Anglo, as provas de habilidades específicas não deveriam existir. “Para ir bem nos exames, os alunos precisam conhecer muito bem a área que querem estudar, só que esse tipo de conteúdo não é dado no ensino médio, portanto não deveria ser cobrado. Se muitas escolas particulares não ensinam isso, imagine as públicas”, argumenta.
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