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Dia do Orgulho LGBT+: 15 documentários sobre diversidade

As obras mostram desafios, preconceitos e dilemas, mas também amor próprio, empatia e muita superação

Por Julia Di Spagna
28 jun 2020, 00h01

Hoje, 28 de junho, é o Dia do Orgulho LGBT+. A data foi criada depois que um grupo de gays, lésbicas e trans que estava reunido no bar Stonewall Inn, em Nova York, em 1969, reagiu a uma batida policial. Na época, essas batidas eram comuns em ambientes frequentados por LGBTs para coagi-los. Lembre-se que até 1962, apenas sete anos antes, a relação entre pessoas do mesmo sexo era considerada crime nos EUA. 

Naquele 28 de junho, outras pessoas que não estavam no bar começaram a se juntar à rebelião. O movimento cresceu e se transformou em seis dias de protestos.

Para celebrar a data, separamos 15 documentários que discutem a diversidade e mostram histórias de pessoas que tiveram de lidar com o preconceito em diferentes esferas, em diferentes períodos na história, em diferentes países. Confira:

A Revolta de Stonewall (2010)

Dia do Orgulho LGBT+: 15 documentários sobre diversidade
(Divulgação/Divulgação)

O documentário explica os detalhes da revolta que originou o Dia do Orgulho LGBT+. Contextualizando como essa comunidade era hostilizada nos Estados Unidos, a obra destrincha o estopim da revolta e a importância do movimento para igualdade de direitos de pessoas LGBT+. 

Para se ter uma ideia, na época, as aulas de educação sexual apresentavam vídeos que associavam gays e lésbicas a estupradores, pedófilos e psicopatas. A ideia era deixá-los à margem da sociedade, o que forçou, ainda mais, muita gente a não sair do armário.

Disponível no YouTube.

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Oriented (2015)

Oriented conta a história de três amigos gays palestinos que vivem em Tel Aviv, Israel. Khader, de 25 anos, tem um namorado judeu e sua família o ama e o aceita. Já Naem, de 24 anos, ainda não contou para seus parentes sobre sua orientação sexual, pois eles são conservadores e ele não sente confortável em se assumir. Por fim, Fadi, aos 26 anos, é um nacionalista fervoroso que se apaixona por um soldado israelense, Benjamin. Eles formam o Qambuta, grupo que luta pela igualdade sexual e de gênero em Israel. 

Embora os jovens enfrentem desafios diferentes, o documentário mostra como conflitos políticos e religiosos acabam impactando a maneira como a sociedade os enxerga.

Disponível no Google Play, na Amazon Prime e no YouTube.

Parágrafo 175 (2000)

Com a ascensão de Hitler e da Alemanha nazista, minorias passaram a ser perseguidas e levadas aos campos de concentração. A partir do chamado Parágrafo 175 do Código Criminal Germânico, que considerava relações homossexuais um crime, muitos homens foram presos e torturados. Já as mulheres tinham penas mais leves, pois poderiam ser “convertidas”, de acordo com os nazistas. Esse documentário apresenta a história de 10 gays e lésbicas que sobreviveram ao regime. 

Mas o fim da Segunda Guerra Mundial não foi o fim da perseguição à comunidade LGBT+. Ela continuou marginalizada no país, e homens gays foram presos até o final da década de 1960.

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Disponível no YouTube

Paris Is Burning (1990) 

O documentário conta as histórias de gays e trans de Nova York no final dos anos 1980. Na época, jovens eram expulsos de casa e iam morar com outras pessoas que estivessem passando pela mesma situação.

A obra, que tem um estilo mais didático, recebeu 13 prêmios ao longo dos anos, tanto nas categorias de melhor documentário quanto pelo reconhecimento por seu valor cultural.

Disponível no YouTube.

Minhas Famílias (2019)

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(Divulgação/Divulgação)
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Em Minhas Famílias, o cineasta Hao Wu, gay, casado, com filhos e morador dos Estados Unidos, registra o processo de aceitação da sua homossexualidade por sua família chinesa extremamente tradicional.

Disponível na Netflix.

Bichas (2016)

O documentário brasileiro reúne relatos de seis jovens sobre suas experiências e os preconceitos que enfrentaram na escola, com a família, com amigos e os dilemas que encararam durante a autoaceitação. A obra é sobre amor próprio, superação e empatia. 

Disponível no YouTube.

The Struggle of Being Gay in Albania (2019)

O documentário, produzido pela Vice, permite entender melhor a realidade dos LGBTs na Albânia, o país que só descriminalizou a homossexualidade em meados dos anos 1990. No Brasil, por exemplo, ser gay deixou de ser crime em 1830, ainda durante o Império. 

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Disponível no YouTube

Stephen Fry: Out There (2013)

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(Divulgação/Divulgação)

Em 2013, o comediante e apresentador Stephen Fry passou por diversos países para entrevistar LGBTs e autoridades que lutavam contra os direitos civis do grupo. A ideia era tentar entender o que desperta a homofobia. Os destinos foram Uganda, Rússia, Índia, Reino Unido e o Brasil. O documentário conta, inclusive, com uma entrevista com Jair Bolsonaro, então deputado federal. Além disso, mostra a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo. No filme, Fry alerta para o crescimento político do conservadorismo no Brasil.

Os dois episódios estão disponíveis no YouTube

The World’s Worst Place to be Gay (2011)

Em uma produção da BBC, Scott Mills, apresentador de rádio e gay, viaja para a Uganda, que é considerado um dos países mais homofóbicos do mundo. Lá, ele mostra como pessoas são marginalizadas e perseguidas na região. Para se ter uma ideia, homens e mulheres são queimados e sofrem estupros coletivos por causa de suas orientações sexuais. 

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Disponível no YouTube.

Laerte-se (2017)

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(Divulgação/Divulgação)

Neste documentário biográfico, é possível conhecer melhor a história de uma das maiores cartunistas do Brasil. Dirigido por Lygia Barbosa e a jornalista Eliane Brum, Laerte-se conta como foi seu processo de autoaceitação como trans e os desafios que ela encarou pelo caminho.

Disponível na Netflix

Divinas Divas (2016)

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(Divulgação/Divulgação)

Rogéria, Jane Di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Marquesa e Brigitte de Búzios fizeram parte da primeira geração de artistas travestis do Brasil. Elas ajudaram a revolucionar o comportamento sexual e desafiaram a moral imposta pela sociedade da época. O documentário apresenta a história de cada uma, os desafios que enfrentaram e mostra o reencontro das artistas para realização de um espetáculo.

Disponível no NOW.

Favela Gay (2014)

Neste documentário brasileiro, produzido pelo Canal Brasil, acompanhamos relatos de homossexuais e transexuais sobre a realidade da comunidade LGBT+ dentro de favelas cariocas. A obra explora o preconceito que eles já vivenciaram, casos de homofobia e discussões sobre aceitação familiar.

Disponível no YouTube.

Quem Vai me Amar Agora? (2016)

Quem Vai me Amar Agora? mostra a trajetória de Saar, um judeu ex-integrante do exército israelense, expulso de casa por conta de sua orientação sexual. Ele se mudou para Londres aos 21 anos e permaneceu na cidade até os 39. Quando descobre que contraiu HIV decide voltar para Israel e tentar uma reconciliação com sua família.

Disponível na Globoplay.

Gayby Baby (2015) 

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(Divulgação/Divulgação)

O documentário australiano mostra a rotina de quatro crianças, filhas de casais homoafetivos. A partir da perspectiva delas, a obra questiona se a sexualidade dos pais afeta ou não a criação de cada uma.

No ano de seu lançamento, a obra seria exibida em escolas de Nova Gales do Sul, na Austrália, para promover o dia da diversidade, mas a iniciativa foi barrada pelo então ministro da educação da região, Adrian Piccoli. A justificativa foi de que a exibição não deveria ocorrer em horário de aula, pois assistir ao documentário deveria ser facultativo. 

Disponível no Dailymotion.

O Segredo dos Lírios (2012)

Neste curta brasileiro de 2012, três mulheres contam com sensibilidade e sinceridade o que sentiram ao descobrirem a orientação sexual da filhas. A obra explora os medos, os conflitos, a superação de preconceitos e amor de cada uma ao longo do processo de aceitação da sexualidade delas.

Disponível no YouTube.

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