No quarto post sobre as obras obrigatórias da Fuvest e da Unicamp nos vestibulares 2012, vamos falar sobre Antologia Poética, livro de poemas de Vinicius de Moraes.
A antologia foi organizada pelo próprio autor, que escreveu uma introdução na primeira edição do livro onde explicava a organização dos poemas. Como ele sugere, há três “fases” no livro. A primeira seria mais mística e religiosa, a segunda uma fase de transição e a terceira algo mais político, de tendência esquerdista, sobre questões humanas como preconceitos de classe.
A edição da Antologia exigida pela Fuvest é a 2ª edição, revista e ampliada, publicada originalmente em 1960. Os sonetos contidos no livro valem atenção especial, já que são alguns dos principais textos do autor e foram feitos justamente no período do Modernismo, quando a preferência era por poemas de forma livre, sem métrica e rima.
– Antologia Poética contém o principal da obra de Vinicius de Moraes
Veja dicas de um filme e dois sites para você aprender mais sobre o livro e o autor:
Filme
O filme “Vinicius”, de 2006, de Miguel Faria Jr., traz depoimentos e imagens de arquivo que remontam a figura poeta e compositor. Há cenas raras como a de João Gilberto ao violão ao lado de Elizete Cardoso na interpretação de “Eu Não Existo Sem Você” no filme “Pista de Grama”, de Haroldo Costa.
Diversos artistas que conviveram com o autor na época dão o seu depoimento e explicam a cena modernista da literatura e música brasileira, como Chico Buarque, Ferreira Gullar, Caetano Veloso e Toquinho.
O ponto de partida do filme é um pocket show onde artistas interpretam músicas de Vinicius, como Adriana Calcanhoto, Zeca Pagodinho e Mônica Salmaso.
Sites
No site oficial de Vinicius de Moraes é possível ler todos os poemas do livro na íntegra! Sem grana para comprar o livro? Só acessar o site!
Uma sessão interessante de se ler é “Vida”, contando informações preciosas sobre a vida do poeta, o que ajuda muito a entender muitos de seus textos e o contexto da Antologia.
Já no site da biblioteca Brasiliana USP há a edição do livro digitalizada. É legal de se notar a dedicatória à mão de Vinicius a José Mindlin, o dono do acervo que compõe a biblioteca, e algumas das grafias e estilos usados na época.
Confira outros posts da série:
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