Nemo, o peixinho perdido? Ou seria Nemo, o capitão das histórias de Júlio Verne? Nada disso! O Ponto Nemo é o nome de uma intrigante localização, que chama atenção pelas suas características extremas. Mas a gente já avisa: se você é daqueles que têm pesadelos só de pensar em ficar perdido no meio do oceano, é melhor fechar esta página! Neste texto, o GUIA DO ESTUDANTE te ensina o que é o Ponto Nemo.
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O que é o Ponto Nemo?
Imagine estar em um ponto do oceano que é tão distante de qualquer pedaço de terra firme que é considerado ser mais perto do espaço do que da terra? Este é o chamado Ponto Nemo. É a localização mais longe, mais isolada de todo o planeta. É o único ponto em que a distância entre a terra firme mais próxima – seja até mesmo de uma pequenina ilha – é maior do que os quilômetros de altura que nos separam de um astronauta na estação espacial.
O local, oficialmente, chama-se Polo Oceânico de Inacessibilidade, mas ficou conhecido mesmo pelo seu apelido. “Nemo” significa “ninguém”, em latim. Os nomes citados no início do texto não foram meras coincidências. Há inúmeras lendas e teorias de conspiração em volta do Ponto Nemo, e o seu nome já serviu de inspiração para diversos personagens da ficção.
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Onde fica o Ponto Nemo?
O Ponto Nemo é localizado na parte sul do Oceano Pacífico – mais precisamente, nas coordenadas 48°52.6′S 123°23.6′W. Está a aproximadamente 2.688 quilômetros da terra firme mais perto, entre a Nova Zelândia e o Chile. Ao seu redor, as localizações mais próximas são a Ilha Ducie (do arquipélago Pitcairn), ao norte; a Ilha Maher (na Antártida), ao sul; e a Ilha Motu Nui (parte das Ilhas de Páscoa), ao nordeste.
Mas não vá achando que o local é um ponto turístico! O Ponto Nemo é, literalmente, um ponto no mapa. Pessoalmente, não há absolutamente nenhum sinal de terra ou civilização. É o verdadeiro “meio do nada”.
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Claro, há sempre um louco para tudo. O explorador britânico Chris Brown, famoso por caçar os lugares mais remotos do planeta, foi o último homem a visitar o local, em março de 2024. A bordo de uma poderosa embarcação, partiu do Chile, ao lado do filho e a equipe do barco, em direção ao ponto de maior inacessibilidade do mundo. Ao longo da jornada, enfrentou ondas “do tamanho de casas”, enjoos e até mesmo um furacão.
Ao chegarem no Ponto Nemo, aproveitaram para dar um pulinho na água – que tem uma temperatura média de 7ºC. O explorador acredita ter sido o primeiro a fazer isso.
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Laboratório Natural
Apesar de sua inacessibilidade, o Ponto Nemo é um excelente laboratório natural. Em razão da sua distância das atividades humanas, serve frequentemente como corpo de estudo para pesquisadores. Os principais estudos envolvem o monitoramento da poluição oceânico. Por estar tão distante das fontes diretas de poluição, é usado como um ponto de controle para medir os níveis de contaminação de determinados poluentes nos oceanos – como microplásticos e metais pesados.
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Além disso, o local abriga outra curiosa função: ser um cemitério de espaçonaves. Por não oferecer riscos a nenhuma porção de terra, o Ponto Nemo é frequentemente utilizado como o “destino final” de satélites e foguetes que não mais cumprirão suas funções. Assim, parte destes objetos espaciais são programados para caírem no local, não oferecendo riscos a nenhum ser humano durante o processo.
Estudos sobre as condições de vida marinha no local, assim como investigações sobre o funcionamento das correntes oceânicas, também são desenvolvidas no ponto.
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