O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, homenageia Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes da resistência negra contra a escravidão no Brasil. A data foi promulgada oficialmente em 2011 e transformada em feriado nacional em 2023. A escolha do dia lembra o assassinato de Zumbi, em 1695, e representa um momento de reflexão sobre igualdade, direitos e o combate ao racismo e às desigualdades raciais que ainda persistem no Brasil.
A importância do assunto é tamanha que ele virou tema da redação do Enem 2024, debatendo a herança africana no país. Celebrar o dia 20 de novembro caminha nessa direção. “Essa data é fundamental para promover uma reflexão coletiva sobre as contribuições histórica, tecnológica, cultural e social do povo negro para o Brasil. Trata-se também de uma oportunidade para que cada brasileiro pense em ações concretas que promovam a equidade e o bem viver de todos, por meio de uma consciência mais crítica e transformadora em relação às questões raciais”, reflete Clarissa Lima, assessora pedagógica da plataforma Amplia.
Afinal, quem foi Zumbi dos Palmares?
A verdade é que existem poucos registros precisos sobre a vida e morte do líder dos Quilombos dos Palmares, e historiadores divergem sobre eles. A versão mais difundida é que ele nasceu livre na região que hoje corresponde a Alagoas, mas acabou em cativeiro. “Quando era criança, foi capturado e criado por um padre por quem foi batizado e recebeu o nome de Francisco. Depois que cresceu, fugiu para o Quilombo dos Palmares – um refúgio de africanos e seus descendentes – onde bravamente lutou pela libertação diante da escravização, junto com outros companheiros quilombolas”, conta Clarissa. O que não se tem dúvidas, no entanto, é que Zumbi existiu e foi um dos principais líderes da resistência negra no Brasil durante o período colonial, no século 17.
O Quilombo dos Palmares foi criado no final dos anos 1590, também na região da atual Alagoas. Foi o maior quilombo da América Latina, com cerca de 20 mil habitantes.
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Conta-se que Zumbi foi capturado, decapitado e teve a sua cabeça salgada e exposta no Pátio do Carmo em Recife (PE), como intimidação àqueles que lutavam por liberdade. Seu corpo teria sido entregue como “troféu” em 20 de Novembro de 1695 – daí o dia escolhido para celebrar a Consciência Negra mais tarde.
No ano seguinte, em 1696, Palmares foi destruído. “No entanto, ao contrário do que os escravizadores previram, o Movimento Negro nos séculos 20 e 21celebra em Zumbi dos Palmares o exemplo de luta e determinação em prol da libertação do povo negro, dessa vez, por meio de uma consciência negra, ou seja, o direito à identidade, história, cultura e intelectualidade”, conclui a assessora pedagógica.
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