Na Inglaterra, oito universidades são acusadas de pressionar alunos a falar bem de seus professores e cursos no questionário de avaliação de qualidade de ensino distribuído pelo governo britânico. A denúncia ocupa páginas de The Guardian e Telegraph nesta terça-feira (27).
Segundo os jornais, os coordenadores dos cursos iriam às salas de aula dizer que “se os estudantes derem notas baixas à faculdade, não conseguirão encontrar emprego”.
Todos os anos, o Higher Education Funding Council, equivalente britânico à Secretaria de Educação Superior no Brasil, distribui aos formandos uma ficha com 22 frases (arquivo em .pdf) como “O quadro de professores explica bem”. Para cada uma delas, os universitários têm de escolher entre cinco alternativas que vão de “Concordo plenamente” a “Definitivamente, discordo”.
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“A investigação descobriu que um professor da Universidade Kingston disse aos alunos que o diploma deles valeria ‘m***a’ se a universidade fosse mal na avaliação”, relata reportagem do Telegraph.
As universidades acusadas de tentar distorcer o questionário são Swansea, Anglia Ruskin, Derby, Leicester, Portsmouth, Sunderland, Kingston, e London Metropolitan. Em alguns casos, “funcionários selecionavam estudantes para preencher as pesquisas no lugar de outros”, diz reportagem do The Guardian.
A pesquisa custa mais de 2 milhões de libras esterlinas, mais de 5 milhões de reais aos cofres públicos britânicos. Ela ajuda vestibulandos e pais a escolher a instituição em que se matricular.