Funcionários prometem radicalizar greve
ECA havia sido bloqueada; reitoria ‘repudiou’
Funcionários da USP (Universidade de São Paulo) chegaram ao 20º dia de greve nesta terça-feira (25). O sindicato da categoria, o Sintusp, decidiu bloquear a entrada da Reitoria, principal prédio da administração da instituição.
Os funcionários da Reitoria acabaram de votar que também vão aderir à greve. Bloqueamos o prédio para ninguém se sentir pressionado pelos superiores, disse Magno Carvalho, porta voz do Sintusp.
Segundo Carvalho, foram vistos oficiais da Polícia Militar circulando em frente à reitoria, mas a situação é tranquila. No ano passado, a entrada da PM para impedir o bloqueio aos prédios foi o estopim para um conflito que deixou mais de dez feridos.
A greve é de funcionários, e os professores mantêm suas aulas normalmente. Para os estudantes mais de 80 mil -, a paralisação representa dificuldade para usar serviços como o bandejão (restaurante universitário) e o circular, linhas de ônibus que conectam os prédios do campus central, em São Paulo.
Segundo o sindicato, a greve é por tempo indeterminado. A universidade ofereceu reajuste de 6,75% a professores, que já haviam recebido 6% em fevereiro, e funcionários. Os manifestantes exigem igualdade nos reajustes.
PROIBIDO
Um documento expedido pela USP no início do mês comunicou que os dias não trabalhados seria descontados e que haveria cobrança de multa de R$ 1 000 por dia no caso de piquetes e bloqueios de prédios na universidade.
Para o sindicato, o comunicado feria o direito à greve. Em resposta, bloqueou a entrada à Escola de Comunicação e Artes (ECA) e anunciou que radicalizaria as manifestações.
Documento distribuído à imprensa compara as reivindicações do sindicato e as concessões feitas.