USP divulga carta de repúdio a fechamento de prédio por grevistas
Documento afirma que Escola de Comunicações e Artes não está em greve. Acesso a prédio está fechado desde a última quinta-feira
da redação
Diretores e chefes da USP (Universidade de São Paulo) responsáveis pela ECA (Escola de Comunicações e Artes) publicaram carta repudiando o bloqueio dos acessos à unidade. Desde a última quinta-feira (6), a entrada do prédio central foi fechado por funcionários em greve.
O documento afirma repúdio "ao anúncio público de que a ECA está em greve, uma vez que os grevistas que fecharam o prédio central assumiram este gesto em nome da Escola”.
O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) prometeu “radicalizar” piquetes e manifestações no campus em resposta à decisão da reitoria de descontar dos grevistas os dias não trabalhados. “Eles querem cortar os salários. Mas se a gente fechar os prédios, ninguém vai trabalhar. Vão cortar o ponto de todo mundo?”, completou.
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Outras duas universidades públicas paulistas, Unicamp e Unesp, também agendaram paralisações para a próxima terça-feira (11). Nesse dia, representantes dos sindicatos das instituições se reunirão com os reitores para negociar as reivindicações.
Os servidores se queixam do aumento de 6% concedido somente a professores no início desse ano e pedem reajuste de 16% e R$ 200 a todos os funcionários. O documento assinado pela direção da ECA critica o “gesto unilateral que desconsiderou agenda de negociações salariais previamente estabelecida”. Leia a íntegra:
Carta Aberta da Escola de Comunicações e Artes sobre o fechamento da Unidade
Em face do fechamento do prédio central da ECA – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP – SINTUSP-, conforme divulgado na imprensa em 6 de maio, a Direção e Chefias de Departamentos da Escola que a integram vêm a público manifestar:
1. repúdio ao cerceamento do legítimo direito de ir e vir e o consequente comprometimento de atividades inadiáveis desenvolvidas por esta Universidade pública;
2. repúdio ao fechamento do prédio central e ao gesto unilateral que desconsiderou agenda de negociações salariais previamente estabelecida;
3. repúdio ao anúncio público de que a ECA está em greve, uma vez que os grevistas que fecharam o prédio central assumiram este gesto em nome da Escola.
Ressaltamos, por fim, que a ECA vem fazendo todos os esforços necessários para a manutenção das condições de funcionamento da Escola, na busca permanente de um ensino de qualidade.
Direção e Chefias de Departamentos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
São Paulo, 06 de maio de 2010
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