Vídeo: A história de Dilma Rousseff na luta armada
O Dops a apelidou de "Joana d’Arc da Subversão" e "Papisa da Guerrilha", embora não há registros da ex-presidente em ações armadas
Texto produzido pelo Politize!
A década de 1960 foi um período conturbado na história do Brasil. Com o golpe militar de 1964 e o início de uma ditadura que duraria mais de duas décadas, diversos grupos de oposição se organizaram no país. Entre eles estão os movimentos de guerrilha, que viam na luta armada a única forma de derrubar o regime.
Em um cenário de dura repressão, esses grupos atuavam no Brasil por meio de ações que iam desde sequestros e assaltos a bancos até confrontos armados em áreas rurais. Seus integrantes buscavam inspiração no movimento revolucionário cubano e defendiam uma sociedade socialista.
+ Golpe de 1964 ou Revolução de 1964?
“A Papisa da Guerrilha”
Em sua juventude, Dilma Rousseff emergiu como uma figura proeminente na luta armada contra a Ditadura. Em finais dos anos 1960, ela atuou no grupo “Vanguarda Armada Revolucionária Palmares” (VAR-Palmares) e no Polop, o Comando de Libertação Nacional.
Fundada nos anos 60, a Polop era uma organização de extrema-esquerda formada por dissidentes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Já o VAR-Palmares tinha uma presença mais significativa no cenário político e uma abordagem mais pragmática em relação à luta armada. O grupo era formado por diversos ex-membros da Ação Libertadora Nacional e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro. O grupo participou de ações armadas notórias, como o sequestro do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher em 1970.
Dilma logo se tornou um nome conhecido no movimento de guerrilha, o que fez com que ela ganhasse dos militares dois apelidos – “Joana d’Arc da Subversão” e “Papisa da Guerrilha”, presentes em sua ficha no Dops. Nos anos seguintes, a atuação da ex-presidente na guerrilha seria alvo de especulações falsas que mencionavam seu envolvimento com roubo a bancos e sequestros – embora ela não há registros de ela ter participado de ações armadas e fosse conhecida por sua atuação em funções administrativas, de contabilidade e propaganda
O julgamento e a prisão
Em 1970, Dilma foi capturada e presa pelo regime militar. Depois de ser submetida a muitos dias de tortura a guerrilheira foi levada a julgamento, sendo sentenciada a 4 anos de prisão. Foi nesse dia que uma conhecida e misteriosa foto da ex-presidente foi tirada – a jovem militante aparece de cabeça erguida diante de dois militares que escondem o rosto.
No quarto episódio da série Sobreposição, a Politize! te conta os segredos por trás dessa foto e revela a verdadeira história da ex-guerrilheira desde sua atuação na luta armada até seu julgamento e prisão.
Entenda melhor a história no vídeo abaixo:
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