O Senado aprovou na quarta-feira (5) a suspensão do pagamento das parcelas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até dezembro de 2021.
No ano passado, o texto do senador Jayme Campos (DEM-MT), aprovado pelo Congresso e sancionado por Bolsonaro, interrompeu os pagamentos das mensalidades do financiamento até o fim de 2020.
Agora, o projeto está em discussão novamente para prorrogar o prazo de suspensão do pagamento do Fies até o fim desse ano. Com essa aprovação do Senado, o texto segue para a avaliação da Câmara dos Deputados. Se também for aprovado na segunda casa, passa para a sanção do presidente Jair Bolsonaro, que poderá aceitar o texto integralmente, parcialmente ou vetá-lo integralmente.
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De acordo com o relator da proposta, Dário Berger (MDB-SC), a medida tem como objetivo aliviar as dificuldades impostas pela pandemia e “manter os vínculos de estudantes com as instituições de ensino em que se encontram matriculados hoje”. “Ela também servirá para amenizar a já difícil situação em que se encontram muitos estudantes egressos da educação superior, tendo em vista o quadro que assola o País, sobretudo entre a população mais jovem”, afirma.
O Fies criticado por Guedes
Em reunião na semana passada, sem saber que era gravado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo federal deu bolsas em universidades para “todo mundo” por meio do Fies. Ele afirmou que o programa bancou universidade até para “filho de porteiro que zerou o vestibular”.
Na verdade, o Fundo de Financiamento Estudantil, criado em 2001, é uma ação do Ministério da Educação que financia cursos superiores particulares – e não garante bolsas como o Prouni. Entenda melhor como funciona o Fies