7 profissões que jamais serão substituídas por inteligência artificial
Fonoaudiólogos, artistas e mais. Profissões que envolvem cuidados e criatividade são as que apenas humanos podem desempenhar (pelo menos até agora)
Ela já está nas nossas vidas. Da Alexa ao ChatGPT, a inteligência artificial (IA) deixou de ser um assunto do futuro para invadir todas as áreas do nosso dia a dia: escola, lazer e, é claro, trabalho. Não faltam previsões de profissões que vão desaparecer devido a essa tecnologia – mas você já pensou nas que vão resistir?
Esse exercício de futurologia vem sendo feito por diversas instituições: afinal, quais são as áreas do trabalho que vão continuar dependendo da ação humana? Estudos, como esse e esse, desenvolvidos pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade de Oxford, respectivamente, listam em porcentagem a chance de certas carreiras sumirem. O GUIA DO ESTUDANTE selecionou algumas carreiras que devem continuar firmes e fortes, para você poder fazer uma escolha consciente na hora do vestibular.
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1. Agentes sociais
Esses profissionais têm apenas 0,98% de chance de desaparecer, segundo o site Will Robots Take My Job?, elaborado a partir de uma pesquisa e um workshop realizado na Universidade de Oxford. Isso porque o calor humano é parte fundamental dessa profissão: um agente social é encarregado de prestar suporte a famílias em situação de vulnerabilidade, seja ela econômica, social ou emocional. Para trabalhar na área, você pode cursar serviço social, um curso multidisciplinar que envolve aprendizados em áreas como antropologia, psicologia, desenvolvimento econômico. Outra opção para entrar na área de forma menos direta é o curso de psicologia.
Depois de formado, você pode trabalhar em órgãos públicos: o SUS, o Sistema Único de Saúde, tem agentes sociais que visitam famílias em suas casas para checar se estão bem, por exemplo. Da mesma forma, escolas e creches também empregam profissionais da área. Outras áreas de atuação são ONGs (organizações que acolhem mulheres em situação de violência doméstica, por exemplo, precisam de agentes para melhor recebê-las) ou hospitais (para cuidar de famílias que estejam passando por um momento difícil, ou ainda pelo luto de perder alguém).
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2. Fonoaudiólogos
A voz humana comunica não apenas por palavras, mas por entonação. E essa nuance as máquinas não conseguem replicar. Por isso, os fonoaudiólogos têm baixíssima chance de serem substituídos por automatizações, apenas 0,5% de risco, de acordo com levantamento da ISE Business School e Consultoria IDados. Esses profissionais estudam as interações entre habilidades vocais, auditivas e comunicativas, tanto orais como escritas. Eles estão presentes em clínicas, hospitais, escolas e casas de saúde, mas também podem trabalhar no ramo do entretenimento, auxiliando, por exemplo, quem trabalha na TV, rádio ou teatro a se comunicar melhor. Para exercer a profissão, é necessário ter graduação em fonoaudiologia, que traz matérias como morfologia de sistemas digestório e cardiorrespiratório, além de técnicas de linguagem.
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3. Artistas
Você até pode ter visto notícias por aí de uma música composta por computador ou, até mesmo, de ilustrações feitas por AI. Mas, segundo ranking do Will Robots Take My Job?, 4 das 10 profissões com o menor risco de desaparecer estão no mundo das artes. Isso porque criações completamente originais (ainda) não estão no poder da inteligência artificial. Na verdade, essa tecnologia estuda grandes bancos de dados, isto é, informações que antes foram geradas por humanos, para tentar repetir padrões comportamentais de pessoas – e depois recria cópias ou pastiches. Nas áreas criativas, o valor está justamente em usar referências para criar coisas cada vez mais originais.
Para ser artista, são muitas as opções disponíveis. Se você quer trabalhar com teatro, você pode considerar cursos como artes cênicas, cenografia e até moda, para desenvolver figurinos, por exemplo. Se a sua praia é música, são diversas graduações na área – tanto na música de concerto como popular. Você também pode cursar artes visuais, design e arquitetura caso queira seguir a carreira de artes plásticas. Para os cinéfilos, o curso de cinema é a pedida.
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4. Gerentes e administradores de hotéis
Esses profissionais precisam lidar com muitas demandas, em um ambiente dinâmico em que as prioridades podem mudar rapidamente. Atender telefones, organizar eventos, ajudar na gestão financeira e delegar tarefas para um time são algumas das funções que os gerentes de hotéis precisam cumprir. Tudo isso à deriva das vontades dos hóspedes. Por isso, a inteligência ainda não é capaz de substituir o multi-tasking humano nessa carreira – cuja probabilidade de sumiço é de apenas 0,4%, segundo um levantamento da ISE Business School e Consultoria IDados.
Para trabalhar nessa área, você pode fazer cursos de lazer e turismo, bem como hotelaria. Eles trazem noções amplas de diversas áreas, desde gastronomia até administração, passando por recursos humanos e empreendedorismo.
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5. Psicólogos
Mais uma profissão em que a empatia, uma emoção inerentemente humana que a inteligência artificial ainda não conseguiu replicar, é essencial. Os psicólogos têm apenas 0.7% de risco de serem substituídos no futuro, de acordo com estudo da ISE Business School e Consultoria IDados. Eles se dedicam a entender processos intrapessoais e interpessoais, isto é, nossas relações conosco e com os outros, de forma a contribuir para o bem-estar emocional de seus pacientes. Ele pode fazer isso em seu consultório, mas também em empresas, se especializando em psicologia organizacional e trabalhando no setor de recursos humanos. Ainda pode estar em hospitais, apoiando quem adoeceu e seus familiares, e em escolas, dando suporte às crianças e suas famílias. A faculdade de psicologia, é claro, é a melhor opção para seguir essa carreira.
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6. Médicos
Apesar de não ser incomum ver cirurgias feitas por robôs, os médicos estão perto de serem profissionais insubstituíveis: só 0,4% de chance, segundo ISE Business School e Consultoria IDados. Ao seguir essa carreira, você se dedicará ao diagnóstico, tratamento e cura de pessoas com as mais diversas enfermidades, trabalhando em hospitais, clínicas e laboratórios. Também gostará de lidar com pessoas e acolher pacientes em situações delicadas, com empatia e respeito.
Para se tornar médico, é necessário fazer graduação em medicina, depois completar uma residência de um ou dois anos e, então, seguir para uma especialização. Algumas das especializações possíveis são pediatria, oftalmologia, ortopedia, oncologia, ginecologia etc. Outra área correlata que por enquanto também é insubstituível é a enfermagem.
7. Restaurador de obras de arte e antiguidades
Para seguir nessa carreira, a atenção máxima aos detalhes e o cuidado com os mínimos movimentos são essenciais, o que pode ajudar a explicar por que a profissão de restaurador tem apenas 0,5% de chance de ser substituída por automação, segundo estudo da UnB. Esse profissional conserva e restaura objetos artísticos e culturais, com grande valor histórico. O desafio é preservar a integridade física, sem perder suas características visuais e sociais. Assim, o restaurador pode trabalhar em laboratórios, museus, campos de escavação arqueológica, bibliotecas e locais históricos.
Existe uma graduação de conservação e restauro, com matérias como história da arte e conservação e restauro de diversos materiais, de madeira até tintas. Também é possível ingressar na área das artes mais amplas, como artes visuais, e optar por uma pós-graduação na área.
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