Quem está procurando emprego sabe bem que a fase de elaboração do currículo é uma das que mais assustam. Além da pressão por chamar a atenção em meio a uma pilha de papéis – ou avalanche de e-mails – ninguém está acostumado a escrever este tipo de “texto” no dia a dia. É comum que surjam dúvidas, e a maneira certa de colocar as experiências profissionais no currículo é uma das principais delas.
Será que devo indicar todos os empregos pelos quais já passei? E no cenário contrário, em que estou buscando minha primeira oportunidade, o que devo escrever neste campo?
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Para sanar estas e outras dúvidas, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com Lívia Felizardo, diretora de produtos da Vivae, um aplicativo de educação e empregabilidade fruto de uma parceria entre a operadora Vivo e a Ânima Educação.
Começando pelo básico: o que escrever nas experiências profissionais
Este é o campo do currículo em que você vai escrever, basicamente, o nome da empresa, o cargo exercido e o tempo de atuação em cada um dos seus empregos até o momento – incluindo o atual, se você estiver trabalhando.
Lembrando sempre que a ordem correta de elencar estas experiências é da mais recente para a mais antiga.
No momento em que indicar cada emprego, você também pode aproveitar para descrever brevemente quais eram as suas atividades e, caso tenha, as conquistas mais significativas envolvendo aquela experiência. Vamos supor, por exemplo, que enquanto esteve à frente da coordenação de uma escola, as notas dos alunos em exames avaliativos subiram significativamente. Esta é uma informação que vale destacar no currículo.
Ou suponha que você foi estagiário de jornalismo em um veículo e ganhou um prêmio por uma reportagem escrita. Valorize essa informação nas experiências profissionais!
Só é válido ficar atento ao tamanho do texto: lembre-se que o ideal é que um currículo seja curto e direto. “É essencial exercitar a objetividade e a clareza – não há necessidade de fazer um tratado”, explica Lívia.
O que entra e o que sai
Se estou aplicando para uma vaga de auxiliar de enfermagem, mas já trabalhei como confeiteiro, vale incluir esta experiência no currículo? Depende do tamanho da sua trajetória profissional. Trocando em miúdos, se você teve poucos empregos até o momento, o melhor é colocar todas estas experiências no papel.
Mas, caso sua trajetória seja mais longa e você tenha experiências consideráveis na área específica para a qual está aplicando, vale fazer uma seleção e deixar de fora o que se afasta muito do seu atual campo de atuação. Afinal, “volume não necessariamente quer dizer experiência ou que você é a pessoa certa para aquela vaga”, destaca a diretora da Vivae.
Passagens muito curtas em empregos anteriores podem causar uma má impressão?
Caso esta pergunta fosse feita há 15 ou 20 anos, a resposta seria diferente. Hoje, explica Lívia, o mercado não é o mesmo de antigamente e não há este “preconceito” em relação a passagens mais curtas pelas empresas. “Existe uma tendência de experiências menores e abertura para novos projetos e carreiras”, conta, e os empregadores compreendem isto.
Portanto, a forma como estes “empregos relâmpagos” serão vistos não deve ser a preocupação principal na hora de pesar se eles entram ou não no currículo. O melhor é avaliar o quanto eles contribuíram para o seu desenvolvimento: se foi uma passagem curta, mas que te ajudou a crescer profissionalmente e alcançar resultados, não tenha medo de citá-lo.
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Primeiro emprego: como falar das experiências profissionais se você nunca trabalhou
Escrever um currículo pode ser especialmente intimidador para quem está buscando uma primeira oportunidade no mercado de trabalho. Neste sentido, é importante entender que outras experiências, que não as profissionais, também dizem muito sobre o candidato. Você já fez algum voluntariado? Participa de algum projeto social? Dirigiu uma associação de moradores ou fez parte do grêmio estudantil? Tudo isso conta pontos.
Vale destacar estas experiências e reforçar a sua vontade de ingressar no mercado de trabalho em outros campos do currículo.
Objetivo: um aliado das experiências profissionais
Além de indicar seus dados pessoais, suas experiências profissionais e trajetória acadêmica, existe um espaço no currículo dedicado aos objetivos profissionais de quem busca uma vaga. Este campo pode ser um aliado especialmente interessante para quem esta à procura do primeiro emprego ou em transição de carreira – neste último caso, é comum que as experiências estejam um pouco distante da vaga almejada.
“Por isso tudo, o campo do objetivo profissional é muito importante. É importante destacar nele o interesse na entrada no mercado de trabalho e se colocar à disposição para aprender rápido e evoluir”, indica Lívia. “Ser sincero no currículo em relação ao que você procura é essencial”, completa.
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