Olá. Estou em dúvida em relação ao curso de Estudo de Gênero e Diversidade. Gostaria de saber mais sobre essa profissão, sobre o mercado de trabalho em relação a remuneração e se, quando formado, vou ter portas abertas para exercer esse trabalho. Quero fazer um curso que me dê boa estabilidade financeira. Obrigada.
Enviado por Antonio Gabriel de Alcântara
Desde o processo de abertura política pós ditadura militar no Brasil no início da década de 80 do século passado, temas relacionados a direitos humanos ganharam vulto, como respeito à diversidade em todos os sentidos (de crença ou religião, orientação sexual, etnia, orientação política, etc), combate à violência doméstica, à violência contra a mulher, atenção ao idoso e à infância e juventude, entre outros.
Tais discussões geraram inúmeras ações que vão desde o debate de políticas públicas pela população em geral, criação de leis regulatórias e de caráter protetivo a grupos em situação de vulnerabilidade e criação de ONG’s dirigidas a ações efetivas no ramo de sua atuação.
O bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade insere-se nesse contexto. Apenas a Universidade Federal da Bahia (UFBA) oferece este curso. Dirige-se para a compreensão dos fenômenos políticos e sociais pertinentes à relação de gênero e questões ligadas ao respeito à diversidade. O campo de trabalho nesta área é amplo, indo desde a interface com questões jurídicas, passando pela implementação de conteúdo curricular nas escolas e pesquisas das raízes históricas de preconceitos e discriminações. Porém não há um mercado claramente definido, podendo o profissional estar ligado a ONG’s, a órgãos governamentais, partidos políticos, escolas; isso inviabiliza o apontamento de expectativas de remuneração. Considere, no entanto, que a remuneração de profissionais envolvidos com questões que combatem discriminações geradas inclusive por questões econômicas mais amplas ainda deixa muito a desejar em nosso país. A excelência da formação e o envolvimento com a pesquisa costumam aumentar os patamares de remuneração e oportunidades de trabalho em entidades de maior porte, como UNESCO e UNICEF, por exemplo.
Uma alternativa é a formação e em área correlata, como Ciências Sociais, Direito, Serviço Social, Pedagogia, Psicologia e possivelmente outros e o direcionamento para o tema de interesses por meio de cursos de extensão e pós-graduação.
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