Para uma mulher é mais difícil conseguir um espaço de trabalho nessa área? Gostaria de saber também qual é o melhor estado para trabalhar, pois sou do interior de São Paulo.
Enviado por Tamiris Naiara
A questão da ocupação de espaço no mercado de trabalho por parte das mulheres deve ser avaliada de forma mais abrangente. Historicamente, o ingresso das mulheres formadas no ensino superior ocorreu a partir de uma visão sexista, ou seja, que separava homens e mulheres por supostas tendências naturais e instintivas quanto a suas capacidades e interesses.
Dessa forma, profissões ligadas ao cuidado dos outros como fonoaudiologia, psicologia, enfermagem, pedagogia, nutrição, seriam “naturalmente” femininas, enquanto aquelas ligadas à administração da produção ou dos processos sociais mais amplos como Engenharia, Direito, processos informatizados, seriam mais próprias aos homens em função de sua características “naturais”.
Nossa visão é que isso representa muito mais uma diferença de poder na relação entre homens e mulheres na sociedade e concepções preconceituosas do que tendências naturais.
As mulheres vêm rompendo com este modelo por meio de lutas coletivas, bem como por meio das escolhas e carreiras que escolhem individualmente e enfrentando tais visões preconcebidas. Em síntese, nada impede sua escolha pelas áreas declaradas, entretanto as mulheres devem estar conscientes que preconceitos podem ter que ser enfrentados.
Quanto às áreas indicadas, pesquise profissões como Agronomia, Engenharia Agropecuária, Zootecnia, Economia Agroindustrial entre outras.
Estados produtores ofertam maior número de oportunidades, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul bem como São Paulo. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de gêneros nesses setores e continua em franco crescimento, o que indica boas oportunidades em muitos Estados. Em geral as áreas rurais dedicam-se à produção enquanto os centros urbanos se ocupam da logística de transporte e armazenamento e dos negócios ligados à área.