Gosto de cuidar de pessoas, mas meu pais querem que faça Direito. O que faço?
Orientador profissional esclarece
Meus pais sempre me disseram para eu fazer Direito, por causa de concurso público, e conforme os anos foram passando, construí um sonho idealizado. Agora estou no terceiro colegial e eu vi que adoro cuidar de crianças, de bebês, idosos, enfim! Cuidar de pessoas! Estou muito confusa! Pensei em Fisioterapia, mas gostaria de fazer o que eu gosto e ter um bom salário. Helppp!Enviado por Jessica Lee
A escolha de uma carreira envolve diversas negociações, tal como você apontou. Remuneração, maiores chances no mercado de trabalho, opiniões das pessoas que consideramos importantes são apenas alguns dos elementos envolvidos no processo.
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A atração por determinada profissão é fundamental para o aumento da motivação, o que pode eventualmente compensar remunerações não tão atraentes, bem com permitir que uma pessoa desponte nesta profissão e receba rendimentos maiores que a média de seus profissionais. No entanto o mercado de trabalho tem regras próprias, o que pode limitar as oportunidades mesmo ao profissional mais capacitado e motivado. Não há uma solução totalmente ideal; certas “perdas” e concessões fazem parte de qualquer processo de escolha.
Nesse sentido a negociação entre variáveis como as apontadas em sua pergunta requer que você reflita sobre seus valores pessoais e os riscos que pode correr em seu projeto profissional. Note que toda escolha envolve riscos que devem ser encarados racionalmente, mas também com coragem e responsabilidade.
Uma escolha sempre envolve dúvidas e riscos. Portanto, é esperado que as pessoas se sintam inseguras quanto à direção a tomar. Para resolver estas dúvidas é necessário conhecer da forma mais ampla possível as possibilidades colocadas. Pensar sobre si (autoconhecimento), entender o contexto (econômico, social e político) onde a escolha se realiza e uma detalhada pesquisa sobre as profissões contribuem para maior esclarecimento. Tais reflexões devem vir acompanhadas de “um ato de coragem”, que significa assumir uma das possibilidades e batalhar muito para que dê certo.
De uma forma ou de outra, os pais sempre participam das escolhas de seus filhos, mesmo quando não opinam diretamente. Há jovens inclusive que se queixam de não receberem qualquer orientação de seus pais, pessoas em quem confiam e que sabem que procuram sempre ajudar. Tome as indicações deles como mais uma importante informação a levar em consideração. Mas avalie a forma desta influência; para isso, o melhor é sempre buscar o diálogo, a reflexão conjunta.
Depois de refletir bastante e qualificar seus argumentos a negociação com seus pais ocorrerá de maneira mais tranquila.
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