Sabe aquele papo batido de que a profissão que mais dá dinheiro é Medicina? Um levantamento divulgado essa semana confirmou que ele é mais do que um senso comum: os médicos são mesmo os profissionais mais bem pagos no Brasil. Os especialistas – como pediatras ou cardiologistas, por exemplo – estão no topo do ranking de salários das profissões elaborados por Janaína Feijó, economista e professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas), e ganham, em média, R$ 18.475 por mês.
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Para fazer a análise, a economista considerou números do segundo trimestre de 2023 e 126 diferentes profissões com Ensino Superior do setor privado. Depois dos médicos especialistas, os mais bem remunerados no Brasil são os matemáticos, atuários e estatísticos (R$ 16.568); os médicos gerais (R$ 11.022); os geólogos e geofísicos (R$ 10.011); e os engenheiros mecânicos (R$ 9.881).
As grandes apostas
Mas a pesquisa também chama a atenção para um outro dado: apesar de figurarem no topo da lista, nem todas estas profissões vivem um cenário promissor. Isso porque os médicos especialistas, por exemplo, que ocupam o primeiro lugar, viram seus salários reduzir em 13% desde o segundo trimestre de 2012 – ou seja, nos últimos dez anos. Para os médicos generalistas a redução foi ainda mais drástica: 37%.
Para quem, então, as perspectivas são positivas? Dentre o top 5, apenas para os matemáticos, que experimentaram uma alta de 50% do salário neste período. Levando em conta todas as 126 profissões, a economista concluiu que aquelas ligadas à tecnologia são as que mais cresceram. Os desenvolvedores de páginas de internet e multimídia tiveram um acréscimo de 91% no salário nesta última década, e ganham, em média, R$ 6.075.
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Professores no final da fila
Além dos médicos como os profissionais mais bem pagos, a pesquisa da FGV também confirma uma segunda hipótese repetida à exaustão pelos brasileiros: por aqui, professores ganham muito mal. Os professores de ensino pré-escolar (ou seja, da educação infantil), são os profissionais com diploma de Ensino Superior mais mal remunerados do país, com salário médio de R$ 2.285. E não para por aí. Outros profissionais de ensino e os professores de artes aparecem logo em seguida na lista, ganhando R$ 2.554 e R$ 2.629 por mês. Os docentes de arte ainda tiveram uma queda de 45% na remuneração na última década.
Além dos educadores, também figuram na lista de menores salários os físicos e astrônomos (R$ 3.000) e os assistentes sociais (R$ 3.078).
Maiores salários em 2023
- Médicos especialistas R$ 18.475
- Matemáticos, atuários e estatísticos R$ 16.568
- Médicos gerais R$ 11.022
- Geólogos e geofísicos R$ 10.011
- Engenheiros mecânicos R$ 9.881
- Engenheiros não classificados anteriormente R$ 9.451
- Desenvolvedores de programas e aplicativos R$ 9.210
- Engenheiros industriais e de produção R$ 8.849
- Economistas R$ 8.645
- Engenheiros eletricistas R$ 8.433
- Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins R$ 7.887
- Engenheiros civis R$ 7.538
- Desenhistas e administradores de bases de dados R$ 7.301
- Advogados e juristas R$ 7.237
- Engenheiros químicos R$ 7.161
- Analistas de sistemas R$ 7.005
- Desenvolvedores de páginas de internet e multimídia R$ 6.075
Menores salários em 2023
- Professores do ensino pré-escolar R$ 2.285
- Outros profissionais de ensino R$ 2.554
- Outros professores de artes R$ 2.629
- Físicos e astrônomos R$ 3.000
- Assistentes sociais R$ 3.078
- Bibliotecários, documentaristas e afins R$ 3.135
- Educadores para necessidades especiais R$ 3.379
- Profissionais de relações públicas R$ 3.426
- Fonoaudiólogos e logopedistas R$ 3.485
- Professores do ensino fundamental R$ 3.554
- Outros professores de música R$ 3.578
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