Decidi que seria engenheiro quando tinha cerca de 5 anos. Até hoje, com 17, já quis fazer quase todas as engenharias. Essa dúvida existe principalmente por eu não saber ao certo o tamanho de mercado de cada área. A Engenharia Naval é uma das minhas primeiras opções, mas sempre acabo desistindo quando lembro que o mercado naval e oceânico, no Brasil, é monopolizado pela Petrobras. Ou seja, só tenho um destino. Sou fluntete em inglês e alemão e estudaria Naval na Poli-USP. Minha pergunta é se, com esse currículo, tenho grandes oportunidades, mesmo que fora do Brasil. Se sim, em quais países?
Enviado por Fernando Muzzi
É comum que as crianças binquem de “escolher” profissões. Obviamente, essa escolha é fortemente construída a partir de fantasias, relacionando-se muito pouco com a realidade. Em que medida você já se aprofundou na pesquisa das profissões desde os seus cinco anos?
A Petrobrás representa um comprador de peso, obviamente de petroleiros e plataformas de extração de petróleo, mas há muitas outras empresas inclusive do exterior que demandam embarcações brasileiras. O Brasil é quinto maior produtor mundial de embarcações, muito distante de países como Coréia, China e Japão que concentram mais de 70% da produção mundial, mas sua posição tende a se fortalecer nos próximos anos. Considere também que o país precisa melhorar os portos atuais e construir outros novos, o que amplia a possibilidade de trabalho para o engenheiro naval.
Por fim, considere que o vestibular em engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo é um dos mais concorridos de todo o país, o que indica que, mantida a escolha, você deverá dedicar-se intensamente à preparação para as provas de ingresso.
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