“Tenho 27 anos, já fiz um semestre de faculdade de Jornalismo, saí e fiz um semestre de Educação Física, mas saí também. Sou muito tímida, introvertida e tenho poucos amigos. Entendo um pouco de informática, mas não consigo encontrar uma profissão que se encaixe em minha personalidade. Testes vocacionais e amigos já me indicaram fazer Psicologia, mas acho que não tem a ver comigo. O que faço?”
Erica
A escolha de uma profissão não pode se restringir à análise de seus “traços de personalidade”. Você mesma afirma que os testes a que se submeteu não lhe deram respostas convincentes sobre a carreira a seguir.
Isso porque eles podem no máximo indicar como você “está sendo” (e não “como é”, já que todas as pessoas se transformam ao longo da vida). Ou seja, indicam seu ponto de partida, não o de chegada; não apontam “quem você deseja ser”. E escolher é fundamentalmente poder interferir no futuro, em seu futuro.
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Comece por identificar o que a levou às suas escolhas anteriores por jornalismo e educação física. Gosto por disciplinas escolares? Modelos que achou interessantes de profissionais ou de informações recebidas pelos meios de comunicação? Em que medida eles estavam alinhados a seus propósitos e valores pessoais? Você de fato pesquisou sobre a dinâmica de trabalho que essas profissões poderiam apresentar?
Depois de responder essas questões, use as respostas para guiar você em uma exploração pelas outras inúmeras opções existentes de formação profissional no Brasil.
Leve em conta também questões sobre o mercado de trabalho em sua região e se haveria disposição para buscar oportunidades em outra região, o que envolve outras dimensões como vínculos familiares e recursos financeiros e pessoais para tais mudanças.
Expanda sua reflexão, amplie sua liberdade de escolha para só depois encontrar os limites que você mesma possa determinar – por escolha.
